sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Chromaticah Special Episode! Capítulo 15: Verdades Descobertas na Noite!

Notas Iniciais: Oi gente, eu estou muito feliz em anunciar o primeiro capítulo especial de Chromaticah! Atualmente é meu capítulo preferido da fanfic e hoje vamos descobrir histórias sobre um dos Reinos mais famosos da história.

Chromaticah Special Episode: Capitulo 15: As verdades que descobrimos na Noite!



Com a chegada da meia noite os pokemons dormiam sob o teto do palácio no Reino Grass, ou ao menos era o que se esperava da maioria, pois no quarto que lhe fora cedido o príncipe do Reino Water não descansava da forma como queria.

Os lençois eram feitos de um tecido vegetal que não era pesado, mas lançava um calor convidativo sobre o corpo e junto aos colchões pareciam massagear as costas em uma combinação perfeita, no entanto...



“Receio que não dormirei essa noite” O Piplup resmungou afastando o lençol de si  sentado na cama.

Tentava parar os pensamentos em sua mente o que estava se provando inútil.

Havia recebido uma segunda chance num lugar de destaque, mesmo que não fosse como príncipe a sensação o deixava feliz, no entanto os buracos das memórias do seu Reino o consumiam e as lembranças da sua falta de comprometimento não o deixavam melhor.

“Se tivesse treinado e aprendido como devia poderia ter feito diferente? Poderia ao menos ter lutado pelo meu reino? E qual será o erro que vou cometer dessa vez?” Eram as frases que titubeavam pela sua mente.



“Não sei nem o que me esta me tornando importante dentro dessa história...” Suspirou deitando-se em seguida para encarar o teto.

A imagem de Frosty surgiu projetada no teto por sua mente, ao olhar para as cortinas na janela, os móveis de madeira padrozinados voltou a encarar o Sneasel e lembrou-se dos dias em que viveram na casa perto do distrito, os poucos dias em que sentiu que estava vivendo por suas escolhas e sentiu-se em familia.

Seu coração bateu um pouco mais forte, mas não durou muito, os últimos dias em que fora ignorado deixava o ato de pensar em Frosty tomado por uma sensação amarga.

E após pequenos minutos durarem uma eternidade, tomou uma decisão.



“Preciso procurar um lugar que tenha água” E dito isto pegou seu cetro antes de fechar a porta atrás de si.

Desceu as escadas da ala onde seu grupo ficara alojado, passando por um corredor aberto que levava ao jardim configurado em pétalas de rosa, alguns arbustos enfeitavam o local, o aquático teve a impressão de ver algo se escondendo, mas resolveu deixar isso de lado.

“Pode confiar, por que eu mentiria? Não esta funcionando!” Ao avançar mais ouviu a voz de Twilight sussurrando com alguém por entre os arbustos.

Encheu-se de vontade de ir até lá desmacara-lo, pensou em perguntar o que fazia cochichando a essa hora da noite, prendê-lo em uma bolha, lutar e descontar tudo o que sentia naquele momento, porém...estava cansado.

“Lutar com ele nesse momento não fará o Frosty retornar ao normal, acredito que vou lidar com isso depois” O pinguim comentou consigo mesmo, seguindo seu caminho em passos lentos.

Caminhando por paredes em formato de pétalas com vegetações tomando o controle de tudo enquanto floresciam, vez ou outra bancos, estátuas e outros tipos de decorações surgiam pelo percurso.

Bubble seguiu seu caminho sob a luz da lua, seu caminhar agora com passos desesperançosos enfim chegou a um lago quase que no fim do jardim, respirando fundo o ar para sentir a fragrância do local junto ao fraco embalo das águas causado pela brisa noturna.

“Sinto que só a água poderá me entender neste momento”.

No céu era como se algum pokemon tivesse pincelado uma porção de tinta cobre néon por onde as estrelas eram ordenadas a percorrer enfileiradas, Bubble sorriu com o pensamento segurando seu cajado ainda mais firme, ao voltar sua cabeça para a direta foi pego de surpresa: Bucky o Intelleon que os salvara no distrito estava sentado rente a água com uma flor em mãos.

Naquele momento, o coração do príncipe encheu-se de uma emoção que não conseguia explicar, as lágrimas brotaram em seus olhos e seus passos outrora lentos ganharam velocidade em uma corrida em direção ao lagarto, para não deixar fugir a única criatura que talvez fosse entender o que ele sentia.



Bucky virou-se de súbito, os olhos arregalados pela surpresa, seu corpo reagiu preparado para a fuga e sua mão soltaria a flor no chão, quando:



“Por favor, não vá embora...eu preciso conversar” Sua voz saiu carregada de emoção.




Sentados lado a lado, o fraco balançar das águas parecia ser o único barulho, o Intelleon possuia uma presença tão silenciosa, as vezes parecia nem estar ali. Bubble não sabia por onde começar aquela conversa apenas reparando nos movimentos do lagarto com a flor.



“Estou esperando” O pokemon disse reparando na flor.

“Porque...porque nos ajudou apenas naquele momento se sabia de tudo?” Indagou o pinguim agora balançando os pés na água, estava nervoso.

“É isso que quer saber? Achei que a intenção fosse desabafar e chorar” O espião comentou com um fraco sorriso reparando que as pétalas eram resistentes.

“Eu estou cansado...quero respostas...apesar de você ser do reino water eu não entendo porque não me ajudou antes...” Admitiu o pinguim sendo interrompido.

“Seu pai me pediu para manter você vivo, o que esta aberto a várias interpretações” O outro respondeu.



“Interpretações? Eu poderia ter morrido várias vezes!” Bubble pigarreou alterando um pouco o tom da sua voz.

“Não sou sua babá, não tenho obrigação, eu observei você e deixei tomar suas próprias escolhas para ver se crescia já que no palácio tudo que seus pais ensinaram a você era como fugir” Bucky disse cada palavra no mesmo tom de voz, o que atingira o pinguim de alguma forma.

“Não fale assim dos meus pais! Nunca o vi no palácio, como pode saber tanto da minha vida?” Vermelho e com os olhos cerrados, ele perguntava.

“Só porque não me viu, não significa que não estive lá, a verdade é que você sempre enxergou apenas o que queria e em partes isso é bom ao menos não desenvolveu o mesmo pensamento do seu pai por outro lado...não consegue lidar com o fato de estar vivendo por si mesmo agora” Disparou mais opiniões que afetavam o pinguim.



“E o que você sabe sobre a vida?! Aposto que passou o tempo todo vivendo apenas sob as ordens do meu pai!” Bubble disparou com raiva, lágrimas surgiram em seus olhos.

A frase pareceu desconcentrar o lagarto por alguns instantes, mas este logo recobrou o tom neutro de sua fala, entretanto as palavras foram mais severas:

“Para um príncipe, descontar suas frustrações nos outros é a prova de que nem começou a entender o que significa um reinado, você esta magoado consigo mesmo e não tem nem a decência de admitir isso, só esta descontando tudo como um qualquer, eu tenho muitas frustrações na vida e não estou descontando tanto em você”.

Percebendo o que havia dito seus olhos deixaram de encarar o espião cara a cara baixando a cabeça conforme a exaustão o dominava, mas seu orgulho não o permitiu pedir desculpas ao invés disso tentou justificar:

“Eu estou cansado de tudo isso...você esta certo...eu não conhecia meu reino, não sabia como meu pai governava e não tenho nem memórias do que aconteceu naquele dia para me culpar direito por isso...” Bubble admitiu suspirando, soltou o cajado que ainda segurava com o braço esquerdo.

“Bem, se estiver pronto eu conto a você, no entanto não é uma história bonita e em qualquer um dos casos lembre: é uma escolha sua” Bucky frizou.

“Por favor, eu preciso saber!” O pinguim pediu, seu coração acelerou, suas memórias fragmentadas iriam ser preenchidas.

“Bem, fui convocado por seu pai e estava voltando ao reino...” Bucky começou colocando sua flor na água, girou seu dedo e conforme sua vontade um pequeno redemoinho cercou a flor como se a desafiasse para uma batalha.

 

Percorrendo pela água usando sua invisibilidade, o espião voltava ao reino, havia recebido a carta de Esdras e sua primeira reação foi ignorar o pedido e continuar se distanciando do reino, todavia ele sempre voltava.

O Reino Water, um dos 5 grandes reinos do mundo de Chromaticah, uma imponente construção ergudia em coral localizada em meio mar e ficando próximo de uma porção de terra para facilitar o escoamento dos itens e das produções realizadas ou importadas pelo reino.

Faziam toda a questão de ostentar seu controle sob a água.

Os corais predominavam em tons marinhos e esverdeados, no entanto conforme a luminosidade e o quão molhados estavam podiam apresentar diferentes tons para ressaltar o quão versateis e adaptados eles estavam.

Para entrar no dominio era necessário passar pelo porto, alguns diques levavam as passarelas de corais pintados para simular madeiras, muros enormes foram erguidos e um grupo de Samurott’s liderados por uma Azumarill realizavam a defesa e vistoria daqueles que entravam no reino.

“Já sabem né? Hoje era para ter um show daquele ajudante de perdidos, acho que é Nezly o nome dele, como se o Rei fosse deixar aquela porcaria se apresentar aqui” Um dos Samurott comentou sorrindo com apenas em cogitar a ideia.

“Eu não sei como não invadimos aquela feira que aqueles perdidos nojentos chamam de distrito, fica tão perto e seria um ótimo meio de escoar o comércio” Um outro comentou enquanto Bucky esgueirava-se pela entrada do território.

“Não esta na água, então não vale apena, mas qualquer dia devemos mostrar a força de um dos 5 grandes reinos, tenho orgulho do Rei Esdras por garantir que nenhum perdido que pise aqui permaneça vivo” A Azumarill juntou-se a conversa bebendo um copo de água com gás.

O reino possuía um distrito na superficie e outro submerso, ambos mesclavam-se através de corregos que percorriam toda a construção de corais como veias com todos acabando no palácio localizado no centro como um coração, o palácio possuia entradas nas duas faces, embora comumente fosse ocupado apenas fora d’água.



O Intelleon interrompeu sua caminhada ao sentir uma grande pressão de energia, sua invisibilidade foi interrompida assustando uma gyarados em meio as compras que passou 3 minutos gritando do córrego desesperada numa loja um pouco suspeita.

“Me desculpem minha familia desaprova, mas só estava comprando escamas de finneon, eu tenho ataque de pânico quando figuras surgem na minha visão” Justificou-se.



Um véu invisivel foi tecido ao redor do reino enquanto seus habitantes mal sentiram, os autofalantes feitos de conchas que eram distribuidos pelo local ganharam uma coloração roxa cintilante e uma voz soou por eles chamando a atenção de todos os habitantes de uma só vez.



“Saudações habitantes aquáticos! Sabem...eu escolhi seu reino para ser palco de uma performance da minha nova turnê, no entanto seu Rei não apenas recusou minha oferta como destratou toda a minha carreira o que convenhamos é uma pena já que eu tinha grandes planos para vocês, mas como sou bondoso e atencioso resolvi vir mesmo assim, portanto espero que aproveitem o show” A voz do Mr.Rime soava pelos autofalantes desincronizada de propósito confundindo o significado das palavras e atordoando todos aqueles que tentavam escutar.

“É um feitiço de confusão...” A Azumarill comentou com dificuldade de manter sua atenção.

Alakazam saltaram da água, ao mesmo tempo, dois nos 4 cantos do reino e movendo seus braços agitaram as colheres soltando pulsos de energia derrubando os muros do local ao mesmo tempo enquanto os habitantes tentavam se livrar da confusão.



Os Samurott próximos retiraram suas conchas estas brilhavam tornando-se lâminas prontas para o abate, entretanto dois Indeedee surgiram na entrada com os olhos cravados em 4 oponentes que rumavam contra a dupla.

A fêmea mostrou seus braços criando um aglomerado de poder psíquico aumentado seu poder e como se simulasse o movimento do mar passou a energia para frente enquanto seu parceiro teleportava surgindo em meio a todos os oponentes.

Eiky foi rodeado pelo pelo poder criando uma esfera e num movimento rápido a expandiu causando uma explosão arrastando todos os defensores para o chão.

Criando um comboio de folhas brilhantes, Eipty a Indeedee fez surgir uma tempestade açoitando cada um dos guerreiros laçerando suas peles azuladas conforme a vegetação afiada passava e num piscar de olhos já estava ao lado do irmão.

A Azumarill observava o acontecido assustada, ainda tentou correr, mas apenas sentiu um calor em suas costas ao ser atingida por um raio em conjuto da dupla caindo perto de um dos córregos.

Em questão de minutos o pânico instalou-se sob o Grande Reino Water, Bucky não teve tempo para respirar: precisava ver como estava a situação do palácio e durante o percurso tentava ao máximo ajudar aqueles que precisavam com os projeteis de água disparados por ele, entretando não podia comprometer seu disfarce.


No Leste do Reino um conjunto de Seaking’s e Seadras usavam os córregos para mover-se com mais facilidade afim de minimizar os danos e ao acharem aberturas faziam uma combinação lançado projeteis em formato de chifres e tiros de água com a precisão de uma bala na tentativa de conter o ataque repentino.



“Levantem barreira e me deem cobertura, eu não vou falhar” Uma Ponyta de voz angelical comandava sua divisão.

“Certo” Um dos psíquicos prontificou-se, sua voz enjirecida.



Movendo suas colheres junto com seus parceiro, fez surgir no ar círculos mágicos dando origens a telas roxas, prendendo-as no braço usaram como escudo para conter os ataques permanecendo com a defesa pronta, colocaram as colheres no chão embuindo-as com magia.

O feitiço afetou a água causando um turbilhão anormal para os water type’s.

“Agora é comigo! Nunca testei perfurar a pele de Seadras, vocês sabem me dizer se as escamas deles são mais dificeís?” A equina perguntou para ninguém em especifico.



Expandindo sua aura e a fazendo chegar até seu chifre, a unicórnio soltou um clarão de luz colorida com highlights que preenchiam o ar, quem olhasse de longe com certeza pensaria tratar-se de uma performance.

Assim que passou, The Killer surgiu rodeada por fechas de luz coloridas.

“Preparem, vamos derruba-la com um ataque em conjunto, cuidem da água ela sempre nós da força!” Um dos Seaking comandou.



Indo para a linha de frente, os chifres dos peixes avermelhados dobravam de tamanho conforme sua determinação aumentava e disparavam contra a adversária, enquanto isso os cavalos marinhos juntaram-se movendo suas nadadeiras em sincronia fazendo subir um turbilhão de água e moldando sua forma para uma enxurrada.

“Já faz tanto tempo desde que matei minha primeira vítima que nada mais me assusta, peço que prestem bastante atenção!” Ponyta The Killer comentou cerrando os olhos para o ataque iminente.



Rodeava por um arco de flechas mágicas, ela as comandou e todas com precisão cravaram nos peixes, estes cairam um por um, no entanto a assassina nem chegou a mirar nos aquáticos.

Focando na crista da onda, criou uma nova gama de flechas atirando três ao mesmo tempo na crista, no meio e rente ao chão, explodindo-as com seu controle para partir a onda no meio e revelar as Seadras desprotegidas e cansadas por sua invocação.

“Divisão Leste finalizou operação com sucesso, como esta a situação Vanessa?” Perguntou pelo ponto tecnológico em seu ouvido.

“Não seja abusada, sabe que obtive sucesso com o meu batalhão mesmo com a resistencia e até onde sei Eiky e Eipty já se reuniram com Nezly, então vamos todos para o palácio acabar com isso” Vanessa passou as ordens.

Nezly caminhava com naturalidade até ao palácio, o caos reinava por todas as direções conforme o comandante do ataque movia sua cabeça, o que parecia certo a sua visão, aqueles pokemons mereciam pagar.

Girava seu bastão, mostrando seus dois dedos cintilando em um tom roxo, os colocou em sua cabeça fazendo ondas de ligação psíquica expandirem ao seu redor transtimindo sua voz novamente para os autofalantes:



“Vocês possuem péssimas propostas de programas sociais, não acham? Seu Rei deixou o status subir a cabeça, vocês lutaram tanto por esse sistema, mataram cada perdido que por acidente pisou nesse chão e até onde posso ver agora parecem tão desesperados quanto eles” Nezly sorria conforme a operação prosseguia.

Casas tinham suas paredes de corais explodidas apenas para servir de túmulo de seus moradores, monumentos eram violados pela magia dos Alakazam que penetrava pelos córregos mudando o rumo das correntes e levando a vida dos pokemons aquáticos no processo.

“Por favor...eu moro sozinho, minha familia foi considerada imprópria pelo cristal...eu-eu-e-eu conseguiria um emprego hoje...eu pratiquei tanto...eu fui a todo tipo de médico curar meus problemas...me deixem viver!” Um Starmie pedia desesperada.

“Infelizmente você permaneceu no reino errado, mas difernte do que aconteceu a sua familia, vamos grantir que acabe o mais rápido possível” O Alakazam garantiu carregando o máximo de poder em suas colheres.

 

“Preciso garantir que ao menos ele não esteja morto!” Bucky desejava correndo para um objetivo que a cada instante se tornava mais inalcansável.



Concentrava a umidade do ar na ponta de seus dedos e partia continuava a correr quando pedaços de construções rumavam contra o aquático eles explodiam quase que na mesma velocidade e logo ele saltava em meio ao ar usando sua capa para equilibrar-se nas correntes de vento e conseguir pousar num local seguro.

Sua visão aguçada determinava o seu redor para que não fosse surpreendido, de canto de olho viu um Croconaw adolescente sendo perseguido por um Alakazam.

Os braços no chão faziam força arrastando seu corpo em frente e os olhos do crocodilo fixos no córrego se apegavam ao que parecia ser sua única chance de sobreviver, o espião não possuía tempo suficiente, entretanto não conseguia ignorar: possuía uma chance.



No meio do ar, o Intelleon pediu a sua natureza, num movimento que durou apenas meio segundo ele ergueu o braço comprimindo o ar e umidade na ponta de seus dedos soltou um disparo preciso acertando o corpo do psiquíco e o fazendo voar.

O heremita do reino Water não conseguiu mais olhar atrás só torceu para que tivesse sido o suficiente.

Aos poucos conseguia ver o castelo e sua decoração intacta, gotas de suor escorreram ainda mais por seu pescoço conforme ficava mais apreensivo pensando no que ocorreria ali, as conchas imponentes com tridentes cruzados revelavam o símbolo histórico daquela construção, as paredes reluziam com o brilho do sol por sorte ainda não possuiam nenhuma mancha de sangue.



Percorreu o castelo tão rápido, sabia que não podia usar os corredores principais e utilizando as passagens secretas, ouviu alguns dos soldados comentarem sobre a morte da Rainha, seu coração palpitou até chegar em uma sala, colocando as duas mãos na parede.

Utilizando sua aura, uma parte dos tijolos feitos de corais tornou-se translúcida e o espião encontrava-se no salão do Rei, uma sala parecida com um gabinete de um politico misturada com um grande aquário.

Haviam decorações de tridentes, títulos e mapas de expedições comandadas e realizadas pelo governo, abaixo de si um piso transparente e resistente revelava a face subquática do cômodo dando a impressão de estar andando acima das águas.



“Bucky?” O Empoleon perguntou assustado ao vê-lo.

“Me desculpe pela demora...” O Intelleon respondeu de imediato, mas não tiveram tempo para conversar.

As portas foram abertas por um poder psíquico e batendo seu cajado três vezes no chão, o pokemon psíquico deu seu primeiro passo adentrando o salão.



“Não digam que não sou educado, eu bati antes de entrar”  E então fez uma vênia contida.

Esdras apenas observava aquele que dizimara seu reino por completo, o aquático estava acuado e encolhido em seu gabinete o que chegava a ser irônico quando a decoração do ambiente buscava passar o sentimento de estar acima dos mares e tudo o que Rei aquático pensava no momento era em como ele parecia estar preso em um aquário.



“Achei que estaria mais falante como da última vez!” O Invasor começou “Não é interessante? A sua politica era para melhorar o bem estar geral, foi por isso que matou os perdidos, e quando seu reino precisa você se esconde no ponto mais alto da sua cabeça: sua arrogância” As palavras desconcertaram o Rei que parecia ainda mais abatido.

Bucky não costumava se posicionar nesse tipo de situação, mas não podia ficar calado, poderia morrer ali mesmo então teria de aproveitar.

“Você fala como se fosse um salvador, mas olhe quantos esta matando! Tudo isso é só pelo cancelamento de um show?” Perguntou.

“Eu nunca disse que era um salvador, eu apenas mostro aos perdidos que podem viver, o que não significa que eu não possa mata-los também caso seja preciso” Começou a falar enquanto girava seu bastão.



“O Show era apenas uma parte do processo, eu tinha desistido de incluir o resto desse mundo nos meus objetivos, mas um outro reino aceitou se unir a mim de tão bom grado que fiquei esperançoso... até lembrei do ato que meus pais fizeram por este mundo e pensei em reproduzir...” Olhou para o alto como se enxergasse algo perfeito em seguida encarou o Empoleon com desprezo.

“Até esse rei destratar meu trabalho e o dos meus pais como se fosse alguém...me perguntei se foi por criaturas como você que eu iria dedicar minha vida...eu estava disposto a lhe contar a verdade para que pudesse fazer algo com o seu reino, mas não acho que mereça então agora tudo que peço é o cristal” O pokemon disse enquanto ao estendia a mão.

“Não entregarei o cristal para você, quero saber ao menos que morri por isso” O Empoleon declarou.

“P-PAPAI! O-o que esta acontecendo?! O R-Reino ele...” Bubble entrou subitamente na sala ficando bem atrás de Nezly.

“Já que a situação é propícia, não vou lhe dar o prazer de descansar em paz!!” O psíquico virou de súbito, em sua mão carregava um aglomerado de poder psíquico prestes a explodir o pequeno pinguim.



Bucky ainda estava em choque quando Esdras movendo o braço com velocidade, mostrou o cajado e o ativou sentindo um repuxar em seu corpo, mas nada importou pois de imediato uma aura azul percorreu o corpo do monarca lhe dando uma poderosa presença iluminando toda a sala.



Seu corpo tornou-se goticulas de água e ele surgiu a frente de seu herdeiro, quando o feixe de Nezly atravessou seu peito, o poder psíquico forçava a falência multipla de todos os órgãos e quase que de imediato o Empoleon caiu no chão sem qualquer vida em seu peito.

 



“E...e o que aconteceu depois? Como eu sobrevivi?! E-Eu me lembrei de algumas partes...o corpo da minha mãe devia estar nessa sala! Ela não morreu em batalha! O-o que você esta me escondendo!!?” Gritou o pinguim.

A flor que o lagarto sustentava afundou no lago no mesmo instante em que as lágrimas surgiram brotaram e caiam como uma enxurrada, ele levou a mão direita ao rosto para contê-las antes que o pinguim as notasse, entretanto não foi rápido o suficiente e nem conseguiu contê-los.

“Bucky...nós podemos conversar mais...”

“...me desculpe, eu poderia ter feito diferente...você...e-eu...eu não consigo agora, eu preciso ir!” Sua tristeza não parou, o espião invisível, rápido e habilidoso, agora se levantava com lentidão.

“Por favor...não vá embora...” O príncipe ainda tentou, mas soube que não podia para-lo.

Assistiu ao lagarto se afastar até sua figura ser confundida com os tons da madrugada, o pinguim voltava a fitar a lua e refletir.

Sabia ainda menos sobre seu reino, seu título de príncipe era sustentado pelos cadaveres de dezenas de perdidos que morreram pelas mãos de seu pai enquanto ele nem fazia ideia do que ocorria, mimado e egoísta no palácio com seu pensamento unilateral.

“Bem, nem tudo de fato é culpa minha só espero conseguir decidir se sou melhor que meu pai por ter entendido as coisas ou se vou cometer tantos erros quanto os dele”.

Notas Finais: Bem, Bubble descobriu a verdade sobre seu pai e o massacre de seu reino, mas ao que tudo indica existem partes que Bucky não conseguiu contar, o que será que ele esconde? Espero que tenham gostado e obrigado por lerem <3 

3 comentários:

  1. "Os lençois eram feitos de um tecido vegetal que não era pesado, mas lançava um calor convidativo sobre o corpo e junto aos colchões pareciam massagear as costas" dá para dormir ai, please?
    Céus, que capítulo foi esse... ai Nezzly eu te odeio tanto... apesar dele ter razão em como o reino trata os perdidos, eu vou concordar com o Samurott, que porcaria de ser >:( O que é que seus pais fizeram? Além da borrada que é sua pessoa, anh? Ai que odio...
    A conversa do Twillight foi suspeita... por favor não seja vilão... apesar de tudo o que fez e do Bubble o odiar, eu fiquei gostando dele desde o capítulo... porem ele ficou um tempo sem aparecer e depois estava na cadeia com os outros.. ai não, será? :(
    Bucky dizendo que não está descontando "tanto" no Bubble me fez rir, pode não estar descontando "taaaanto" mas tá xD Me deu pena dele no final, sempre tão sério finalmente quebrando ao recordar da história, senti que faltou um pouco mais para ele desabafar completamente mas acabou fugindo...
    Com este capítulo deu para ver que os reinos também não são lugares bons, já tinhamos visto antes como tratavam os perdidos, tanto no distrito comercial como no reino eletrico, mas o rei Esdras mostrou que se calhar eles até mereceram o que aconteceu, embora não consiga aceitar que matem tantos inocentes só para chegar aos cristais...
    Aquela Ponyta, que coisa horrivel ela me dá medo e ao mesmo tempo é adorável... é mesmo psicopata mas só consigo adorar ela... terei problemas? Talvez, mas não vou pedir perdão por gostar dela... also nunca descobrimos se escamas de Seadra são mais dificeis de perfurar... um dos mistérios para depois xD
    Ai eu adorei esse capítulo, parece mentira que você postou dois na mesma semana, palminhas <3

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  2. Ponyta the Killer, Vanessa, NEZLY e até Eiky e Eipty, só lendas escaladas para esse capitulo especial de chromatica
    Gosto muito da ambientação do reino water, me lembra o "reino das águas claras", ao menos eu o imaginaria mais ou menos assim xD Mas parece lindo mesmo, a sensação de estar acima do mar que o Esdras queria, mas ao fim estava num aquario... As palavras foram bem usadas nas suas narrações para passar exatamente o que queria, suas ideias ficaram claras aqui assim como não tivemos falas que estão aqui só para encher, você passou um bom filtro e contou o necessário para não tornar uma história cansativa. A Azumarill racista, que absurdo kkkkk Coitada da Starmie, também... E quero um drama adolescente com o Croconaw, pra ontem.
    Os pokes psíquicos são monstruosos aqui, cada movimento que fazem é destrutivo e parece impossível de contê-los, são poderes extraordinários perto dos outros, mas com Twilight sendo Dark, me pergunto se a chave para vencê-los virá dele... Ao mesmo tempo que Twilight não parece mesmo confiável, interessante o Bubble preferir deixar para lidar com isso depois, nós já conversamos sobre isso uma vez, lembrei na hora. Se Twilight é um infiltrado, não sei, mas ao menos não do reino psychic... O que não está funcionando? Uma aproximação com o Frosty pela Razor Fang? Será que é isso? Acho que vamos por esse caminho
    Os pais do Nezly aposto que são Diantha e Gardevoir, vem aí
    A ost da Pearl com a flor no lago para construir o capítulo foi divina e linda de se analisar, dançando conforme o ritmo que Inteleon estava, a transição para a história foi linda também de imaginar e tão suave quanto a flor, quando ela afundou foi quando o Bucky perdeu o controle, para alguém que está acostumado a estar invisível, se expor tanto assim deve ser bem complicado, vimos seu limite aqui. Acho que tudo que ele falou impactou no Bubble, que vai morrer com certeza, ele não sabe o que é um reinado, ao menos não totalmente depois de ouvir essa história, porque ao final ele parece tomar uma decisão sobre que tipo de Pokemon ele quer ser e como vai agir. E a mãe dele... O que aconteceu com essa icônica? Algo me diz que não morreu não, hein... E quero que ela se chame Lana, obrigado
    Curiosamente seus vilões são meus personagens preferidos da fanfic, deve ser a primeira vez que me acontece... Nezly deus mate quantos perdidos quiser <3
    e que venha o próximo surto

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