quarta-feira, 30 de março de 2022

Capitulo 22 e 23: Seraphine Out of The Woods

Notas Iniciais: Bom acho que vou falar mais nas notas finais, eu só espero que gostem desse capítulo xD.

Capitulo 22 e 23: Seraphine Out of The Woods!

A Floresta do sussurro, conhecida assim pelos habitantes do reino grass.

Uma mata fechada possuindo algumas trilhas para guiar-se, entretanto até confiar no caminho sugerido por elas era perigoso para pokemons que não costumavam se aventurar em meio a floresta, suas árvores eram traicoeiras, alguns pokemons podiam jurar que as plantas trocavam de lugar assim que viravam para o lado oposto.

A luz do sol chegava as plantas com alguma dificuldade ficando retida pelas folhagens deixando a mata num clima levemente frio e um pouco mais abafado em dias mais quentes, apesar disso o solo apresentava um condicional úmido mantendo a vegetação dali nutrida.

Os diversos tipos de árvores e frutos que ali haviam faziam qualquer um ficar deslumbrado com aquele paraíso, mas todos os que entraram na mata falavam sobre os sussurros que ouviam vez ou outra no lugar, as vezes soava como uma tentativa de falar outras vezes era um pedido de socorro.



“Por favor! A-Acordem! Eu não sei o que fazer!...eu estou sozinha!” Seraphine chacoalhava o corpo de cada um dos amigos ali caídos, sem obter resposta.

Ainda respiravam, mas ela não conseguia trazê-los de volta, seus corpos traziam marcas da batalha que havia acontecido cobrando o preço pelo sacríficio que fizeram, então lembrou-se.

Ela estava sozinha, finalmente um dia onde não tinha que fazer nada, não precisava se preocupar com seus pensamentos transparecendo onde não devia, desceu a torre da princesa e se esgueirou pelos corredores.

Desviando de alguns dos serviçais acessou a biblioteca e foi a sua seção preferida: o diário de sua avó.

Ela narrava muitas de suas descobertas como rainha e suas interações com a floresta, aquilo fazia Seraphine crer que poderia ser mais do que estava sendo ensinada a ser, apesar de todos os anos suprimindo o que sentia fazerem com que esse tipo de pensamento  não tivesse valor no seu coração, mas ler os relatos acendia uma fagulha em seu coração.



“Eu preciso achar um jeito de me impor! O feitiço de cura da minha avó, ela dizia tanto que uma vez que a floresta escutasse sua voz ela certamente retribuiria” Seraphine tentou tomar coragem dentro de si.

Olhou de Frosty até Skywinny, todos aqueles pokemons caídos precisavam de seu posicionamento em ajuda-los ainda assim em sua mente sentia a voz de seu pai e sua mãe sussurrando com junto ao vento que balançava o cabelo da princesa, reprimindo suas decisões, a dizendo para não falar, não pensar e não agir sem ser completamente neutra.

“Eu preciso ser mais! Eu preciso tentar!” Seraphine gritou usando todo o ar de seus pulmões, ela fechou os olhos vendo as memórias daqueles dias voltando.



Naqueles pokemons cheios de vida e era isso que desejava devolver a eles, sentiu o poder vegetal começar a se libertar do local onde o mantinha escondido junto com sua personalidade e aos poucos liberava seu desejo para a floresta rezando para ser retribuída.

“Por favor! Eu preciso que me ajudem! Eu sou a princesa Seraphine e eu quero salvar os meus amigos” Seraphine criou duas orbes de poder vegetal em suas mãos e as agitava espalhando pulsos de poder pelo solo.

Seus olhos brilhavam em um verde quase néon enquanto ao seu redor videiras começaram a criar vida e flores brilhantes surgiram delas, um aglomerado dos vegetais passou a crescer de acordo com a vontade dela, e pela primeira vez Seraphine começava a se permitir uma experiência de verdade consigo mesma.

As videiras ficaram ao redor dos amigos da princesa, suas flores passaram a exibir um brilho de poder curativo, entretanto no momento em que elas deveriam curar transformaram-se em trepadeiras laçando cada um dos feridos.



“E-Esperem! Eu não pedi que vocês fizessem isso! PAREM! ESTÃO MACHUCANDO ELES!” Seraphine desesperou-se e seu coração fechou novamente.

Colocando todo o seu poder ela liberou veias de energia verdejante e forçava as trepadeiras a soltarem os amigos, mas ela não conseguia ter poder suficiente para que abrissem, seu peito acelerou e as lágrimas já vertiam dos seus olhos.

“Eu realmente não consigo...mas eu não posso deixa-los...preciso tentar salva-los de alguma forma!” Seraphine lutava contra a vontade de desistir de si mesma.

As plantas arrastavam seus amigos para dentro da floresta, sozinha, a garota entrou na floresta disposta a fazer o que fosse preciso, usando seus poderes ela seguiu as trepadeiras.

O caminho era traiçoeiro com raízes espalhadas pelo solo como cobras, plantas com espinhos pelo chão, plantas carnívoras prontas para devorar qualquer vestigio de energia presente por ali, mas a princesa se manteve firme em seus passos.

Chegando até uma clareira onde todos foram jogados em um círculo, Seraphine continuava sem entender quem poderia estar fazendo isso e como aquilo estava acontecendo quando sentiu uma presença afetar seu coração e sua percepção das coisas a sua volta, uma pata cerca de 4 vezes maior do que ela surgiu de dentro da floresta e logo após revelou a criatura.



Um cervo esverdeado gigante com um brilho também esverdeado em torno de si, era Virizion a lendária pokemon de grama exibindo sua presença, as árvores pareciam se inclinar na direção dela e apenas um pulsar de seu poder já era o suficiente para fazer a princesa cair de joelhos.

“Onde esta você?! Se Revele ou mais inocentes caírão!” A voz telepática da lendária ecoava por toda a floresta.

“E-Eu não acredito que isso esta mesmo acontecendo...é-é um pokemon d-d-das lendas...o-o que ele esta fazendo aqui?” A princesa se perguntava com seu corpo inteiro tremendo devido a influência do cervo.

Era dificil respirar, seu subconsciente dizia para que fugisse dali, procurasse abrigo em algum lugar e permanecesse neutra para ter uma chance de sobreviver, mas ao ver todos ali amarrados algo em si clamava por liberdade e usando essa sensação conseguiu questionar:



“O-O que pretende fazer com os meus amigos?...”.

“Ah, pelo vi visto esqueci uma e coincidência é uma filha da vegetação também” Virizion a fitou e em seguida a ignorou desviando o olhar

“Eu vou matar essa criatura, você não tem o dom da gratidão a vida? Não deveria significar algo?” Falou novamente ao vento.


Aquela mesma sensação, quantas vezes a Whisincott já não lidara com seus questionamentos sendo minimizados ou mesmo ignorados.

“Pai, porque não podemos...”

“Seraphine! O que conversamos? Precisa continuar neutra pelo bem do reino” Horten ordenou.

“Porque só eu? Isso não faz...”

“Nosso reino é assim e como princesa é seu dever continuar mantendo toda a tradição que nos manteve até aqui e tudo que os pokemon grass são, então aceite sua tarefa!” Horten ditu e por fim saiu fechando a porta atrás de si deixando a garota sozinha em seu quarto.

Sentindo-se vazia, o propósito da sua vida era servir a outra pessoa? O que aconteceria com a voz dentro de si que possuía? Deveria apenas se livrar dela?

“N-Não me ignore!” A Whisincott falou, sua voz saia sem que ela acreditasse nas próprias palavras.

“O que foi que disse?” Virizion pareceu ofendida, voltando seu olhar para ela imediatamente.

“Uma Princesa não tem o direito de questionar ou levantar a voz Seraphine!” Théa a ensinava enquanto cuidava de seu cabelo com colônias especiais, a pequena princesa fitava seu reflexo no espelho absorvendo as palavras da mãe:

A coroa em sua cabeça além de um peso, significava abdicar de todos os desejos e vontades que tinha como indivíduo.



“Você...você vai me dizer o que quer com eles! Todos estavam sob a proteção do Rei e da Rainha! E não interessa quem você seja, como princesa eu não deixarei que os leve do Reino Grass!” Seraphine anunciou mantendo-se de pé em meio a pressão insuportável da lendária.





“Não acho que eu esteja diante de uma princesa e sim de uma Rainha,  não consigo mais sentir seus pais conectados ao cristal, quanto aos seus amigos depois penso no que farei com eles...primeiro vou acabar com você, quem sabe consigo o que eu quero!” Virizion falou telepaticamente e um sorriso se abriu na face do pokemon.

Seraphine sentiu o chão ruir abaixo dos seus pés, mas apenas havia se desequilibrado com a noticia, seus pais não estavam mais vivos? O que faria...



O cervo pisou no solo incentivando o crescimento de uma mata ao redor de Frosty e todos os outros capturados, as folhagens levantavam para além dos limites da terra envolvendo o corpo de todos os feridos  e os trancando em uma prisão de grama e só de estar perto Seraphine sentiu o poder do selamento.

O pokemon verdejante conhecido como a justiça das florestas a observou e a princesa soube do que viria a seguir: uma batalha.



Virizion entoou um cântigo que se misturou ao vento incorporando a voz da floresta, as árvores responderam iluminando-se, era possível ver os nutrientes da terra percorrendo raízes e troncos para virar energia manipulada pela presença lendária, um amontoado de energia solar iluminou todo o local.

Ao redor da espadachim da justiça formou-se um comboio de lâminas solares ao qual desferiu todas em direção a Seraphine.

Seus olhos lacrimejaram diante da intensidade da luz, agarrando-se as gramineas no solo ela tentava mover suas pernas, mas não conseguia reagir quando a primeira das lâminas acertou o solo bem a sua frente causando uma explosão e com a força do impacto Seraphine fora arremessada quase para dentro da floresta novamente.

Virizion começara a andar em sua direção e dessa vez trazia ao seu redor uma espiral de esferas verdejantes capazes de drenar a energia do oponente, com um mover de cabeça as esferas moveram-se contra sua oponente.

Tremendo, Seraphine invocou seu poder elemental, juntando as mãos em oração implorou a natureza que ouvisse sua voz, mas comparada a da lendária, nenhuma planta parecia inspirada por seu pedido, a consideravam neutra demais.

Seraphine andava pelo palácio e após tantas idas e vindas de seus compromissos ficara desnorteada e acabou por abrir a porta da sala de treinamento de guerreiros, onde Quilladins e Gloom eram testados e selecionados para atuarem na guarda real.


Assim que a viram todos os guerreiros foram instruídos a parar imediatamente.

“Princesa Seraphine, o que faz aqui?” Perguntou o comandante deles.

“Estava apenas de passagem quando me confundi...mas podem continuar eu não vou atrapalhar” A garota respondeu cordialmente.

“Vossa Alteza, o Rei e a Rainha preferem que não se envolva em questões bélicas enquanto não termina seus estudos na doutrina de nossa política, insisto que saia” O Quilladin voltou a insistir.

“Estou no meu tempo livre, e eu passo o dia inteiro trancada nos meus aposentos, vou apenas sentar na arquibancada e relaxar, não vou estar me envolvendo em nada que envolva combates, apenas observando” A princesa insistiu.

O soldado pareceu ponderar sobre o assunto, chegando a conclusão de que a princesa estava certa, retomando o treinamento.

E pelo menos uma vez na semana durante vários anos, Seraphine assistiu os treinamentos dos soldados de seu reino, aprendendo o modo como eles se conectavam com a natureza para obter seus poderes.

Aprendendo estratégias de guerra e pensamentos que a politica neutra influenciava em tomadas de decisões dentro de batalhas, nunca pensou que fosse precisar usa-los em uma situação como essa.

 

Lembrou-se do treinamento dos soldados, a floresta pode ser uma entidade de paz e cura, mas também é traicoeira e pensamentos positivos nem sempre vão levar a obediencia, existem momentos em que é necessário um pouco de egoísmo.


(deixe em looping até a próxima)

Desfazendo a pose de oração que sua mãe lhe ensinara para pedir por proteção, ela ergueu seus braços com seus olhos ganhando um tom esverdeado assim como seu cabelo e ordenou a natureza para que a ajudasse.

Rachaduras cobriram o solo ao seu redor quando raízes brotaram para lutar por si.



As esferas de Virizion bombardearam as estruturas vegetais pouco a pouco drenando a vida delas e as tornando apenas pó, Seraphine aproveitou o bloqueio temporário para estender seu poder e criar um sistema de raízes que a transportara mantendo-se distante da lendária.

“Pretende mesmo lutar contra mim? Que criaturas desprezíveis existem nesse planeta, não entendem o que significa o final de suas vidas!” A Lendária fez sua voz chegar até Seraphine, a sensação é de que até mesmo as árvores falavam por Virizion.

Ela teria de ser criativa, não podia ganhar em capacidade de criação, mas talvez pudesse manipular alguns aspectos da natureza em menor escala para escapar e pegar a oponente desprevenida, era sua única chance de fazer aquela batalha durar.



Virizion colocou as patas para a frente e erguendo a cabeça fez holofotes esverdeados surgirem ao longo do caminho e mudando a estrutura da vegetação abaixo tornando as gramíeas em um jardim de plantas carnívoras em tons amarelados e alaranjados.

Abrindo suas bocas elas dispararam contra a princesa, a fada de grama moveu os braços conjurando raízes amarronzadas por entre o mar de vegetais que a atacava e surfou por entre os brotos coordenando para que se movessem quase como uma onda.

“Criatura tola, chega a ser divertido ver você tentar” A Espada da Justiça falou novamente quando um arco de energia solar surgia ao seu redor.

A conjuração terminou em várias esferas luminosas atirando seus feixes contra o avanço da princesa, esta usando de seus poderes de fada, conseguiu criar um vórtice encantado ao seu redor a medida que cada feixe rumava contra si.



As correntes de vento com suas propriedades mágicas conseguiam desviar a direção dos projeteis fazendo com que acertassem o solo desintegrando as plantas que tentavam ataca-la, mas provocando um impacto deixando dificil de se equilibrar por entre as raízes.

Seraphine saltou em meio a poeira criada por ela mesma, conjurando uma roda de esferas com propriedades naturais e as disparou conseguindo acertar contra a lendária que mal sentiu o dano, voltando seu olhar contra ela.



“É só isso que você tem?” Virizion jogou sua cabeça para trás concentrando seu poder e fazendo surgir no topo de sua testa uma espada esverdeada, ela brilhava irradiando uma intensa energia natural chegando a nutrir o solo só com sua luz.

Sabendo que seria atingida, buscou o resto das plantas carnívoras, girou em torno do próprio eixo usando o vento encantando para unir as pétalas e as folhas ao seu redor criando um escudo improvisado enquanto Virizion movia sua cabeça em linha reta com brutalidade acertando a princesa com a espada e a mandando em direção as árvores.

“Se eu tomasse esse golpe diretamente não sei se teria sobrevivido...a natureza que tanto conheço se volta inteira contra mim, as plantas emitem uma energia tão pesada...é díficil continuar” Seraphine pensava após bater contra um tronco e cair no chão desfazendo sua proteção.

 

Virizion já preparava outra conjuração no terreno e dessa vez cresciam trepadeiras em um tom verde claro por todos os lados e pela extensão da vegetação brotavam espinhos avermelhados prestes a atacar a princesa.

“Eu não vou desistir, não posso desistir! Vou salva-los, eu devo ser capaz de fazer isso!” Seraphine disse para si mesma tendo uma ideia.

Senão conseguisse realizar, provavelmente seria o fim da batalha, afastando esse pensamento com o corpo todo tremendo pela adrenalina, ela fechou os olhos se concentrando na energia natural existente ao seu redor e expandiu sua própria aura criando esferas esverdeadas.

As trepadeiras ameaçavam chegar até a princesa, quando esta abriu os olhos e enviou suas esferas gerando uma colisão e causando faíscas estáticas para roubar energia da conjuração de sua oponente a transmitindo diretamente si e restaurando parte de seus danos sofridos na batalha.

A vegetação atingida murchava caindo sobre o solo enquanto a Whishimcott dava vida  a trepadeira em uma versão que ela pudesse controlar e aos poucos sentia a floresta sorrir para si novamente.



“Desgraçada! Porque se recusa tanto a morrer!”.

“Eu preciso continuar, é a primeira vez em anos que sinto o que é ser alguém!”.

Ao redor de ambas, linhas esverdeadas começavam a surgir pelo ar e pareciam estar se conectando em um ponto em comum, elas ameaçavam distorcer o espaço, mas ainda possuíam pouca energia para realizar isso.

Seraphine se impulsionou usando as trepadeiras e envolveu o cervo com cipós e enviando mais da sua aura incentivou espinhos a acertarem a pele da lendária para sugavar ainda mais energia tentando recuperar todos os danos que sofreu.



“Eu vou renascer! Você acha que esta lutando com quem?!” Virizion urrou em sua telepatia e se envolveu com uma grossa camada de poder que não parecia nem aura e nem tecnologia.

Soltou um grande pulso massivo de energia incinerando as invocações da princesa e a acertando diretamente, fazendo com que se ajoelhasse sentindo os danos do ataque, e logo seu corpo ficou sem capacidade de movimento e um sentimento de desespero a envolveu.

“Vou matar você agora sua verme insolente!”.

A Lendária deixou sua pose soberba, agora com brutalidade firmou suas patas sobre o solo e com um balançar de sua cabeça emitiu um clarão de criação arrastando partículas de magia e tecnologia concentrando todas no solo.

Vendo de cima era possível ver o terreno assolado pela batalha das duas deixando seu estado acabado e virando um mar de flores de todas as cores, a princesa do reino grass agora estava cercada de natureza, aquilo que que mais amava no mundo, mas o amor fora substituido por uma sensação de que agora sufocaria até a morte.



As pétalas balançavam soltando diferentes fragâncias e aos poucos o polén saído de suas estruturas surgia como uma fumaça colorida bloqueando a visão da pokemon fada, sentia o pôlen rosa bloqueando sua capacidade de respirar, o vermelho deixava sua visão turva, o azulado a fazia ter dores.

“Espero que sofra bastante para eu ter a honra de esmaga-la como um simples inseto”

 A voz telepática de Virizion invadia os pensamentos da pokemon de grama, Seraphine tentava se levantar, fazer sua aura brilhar para conseguir usar algum poder, mas os gases ao redor dificultavam qualquer ação que fosse tentar fazer com o seu corpo.

“Pai...mãe...eu não acredito que vou morrer também...devo ser a princesa mais patética que já existiu, não consegui viver nem por um dia inteiro depois de perder meus pais...por minha culpa todos esses pokemons vão morrer...” A mágoa crescia em seu peito.

As distorções ao redor do local crescia ainda mais e uma espécie de rachadura na realidade surgia bem acima de onde a lendária estava, o portal ganhava uma forma floral.

Virizion caminhava rumo a pokemon para terminar.

“Estou sozinha...eu poderia apenas morrer como neutra...foi o que meus pais me disseram a vida toda para ser, mas...se for morrer eu quero ser diferente da Seraphine que fui até agora! Mesmo que ninguém acredite em mim, mesmo que tudo dentro de mim me diga para desistir e que o oponente seja uma das lendas, eu quero fazer jus ao sentimento de impor quem eu sou!”.

Com muita dificuldade ela reuniu sua energia criando um escudo com algumas das flores próximas a si, as nuvens de fumaça colorida ao seu redor se dispersaram num formato de cone quando Virizion afundou sua pata pressionando contra o escudo da princesa.

“Eu sei que não vou aguentar! Mas, Por favor, EU QUERO TANTO VENCER!” Seraphine gritou usando toda a sua energia para sustentar a barreira.

O desejo da garota ecoou por toda a floresta, as linhas esverdeadas se intensificaram correndo por todo o solo, a espada da justiça percebeu o que aconteceu.

“O que é isso? Desgraçada então você estava mesmo dormindo aqui!”.

Os caminhos verdes rasgaram a realidade que se abriu como uma flor desabrochando revelando um espirito que se assemelhava a um ouriço branco com uma grande rosa perto de seu rosto.

“Mas porque acordou agora? N-Não faz...espera você é?” A lendária foi interrompida quando o espirito passou por si mergulhando no coração de Seraphine e causando um grande clarão repelindo o pokemon e erguendo a princesa sob o ar.

 


A Whisimcott sentia apenas sua existência, os membros do seu corpo agora não passavam de memórias assim como seus movimentos e seu poder, sua visão não focava em nada e ela nem mesmo sabia dizer onde seus olhos estavam ou mesmo se ainda possuía um rosto.

Seu ser agora era somente um conceito do que um dia ele significou e todas essas ideias passavam pelo que deveria ser seu pensamento, e após um longo momento de solidão ela se questionou: era isso que era a morte afinal?

“Eu consegui escutar o seu desejo, você é um dos vestigios da esperança deste mundo” As palavras sopraram de uma voz que soava como uma brisa envolvente.

Em meio ao vazio ao redor de Seraphine, linhas esverdeadas se acenderam e pareciam desenhar o formato daquela dimensão, elas pulsavam como veias delimitando o espaço e dando luz aquela atmosfera antes obscura, no fim se concentraram em um palanque que aos poucos ganhava um formato floral sendo o centro daquela realidade.

“Mas como? O-O que esta acontecendo?” Seraphine questionou mesmo sem sentir sua boca mover.

“Você é uma das seis que precisa derrota-lo, eu não tenho mais tanto tempo para explicar...”  A voz voltou a explicar, dessa vez aparentava estar mais cansada.

As luzes esverdeadas finalizaram seu desenho, uma flor de hibísco abria suas pétalas cintilando ao redor enquanto seu tubo estaminal erguia-se como um palco, onde Seraphine viu seu corpo ser desenhado por aquela energia, mas ainda assim sua consciência ainda flutuava dentro daquele espaço sem poder controla-lo.

“Eu não sei, quem é você? O que quer comigo? Onde esta Virizion?” Questionava.

Um fragmento esverdeado começou a cintilar dentro daquela realidade, não era desenhado pelas linhas, mas parecia possuir uma magia própria e conforme aquela presença ganhava forma a princesa não podia acreditar no que via.

“Espera você é?” Perguntou, e sentiu que se tivesse um rosto sua expressão estaria completamente surpresa.

“Sou Whilly, e obviamente isso faz de mim sua avô minha querida, e uma das 6 guerreiras que lutou por esta terra, Shaymin é uma das entidades moderadores desse mundo, mas seu poder acabará se permanecer sozinho por mais tempo” Whilly explicou.

“Mas o que eu faço?” A pokemon verdejante perguntou.

“Minha existência desafia as leis desse mundo e só pode continuar a ter essa forma enquanto shaymin existir, vou mostrar uma de minhas memórias e você fará seu julgamento minha querida” Whilly a Whisimcott explicou.

As linhas esverdeadas se encheram de energia e então o que era escuridão passou a reproduzir imagens do passado, Seraphine enxergou uma chromaticah distante e muito da imensidão das terras daquele planeta agora estavam devastadas.

Viu inúmeros pokemons considerados deuses agindo sobre a terra trazendo destruição e ceifando comunidades de pokemons.

“O apocalipse dos deuses” A voz de sua avó podia ser ouvida.

Focando apenas no reino Grass, ela viu Whilly lutando com seu exército contra Zarude, um macaco que conseguia controlar a floresta e seus desejos mais perversos lançando, o lendário convidava todas as plantas a abdicarem de sua natureza pacifica para o acompanhar nas trevas e incintarem o caos.

Com isso raízes esguias e fortes se levantavam destruindo tudo ao redor dos reinos, o cristal do reino grass brilhava forte, mas sua avó priorizava a vida dos outros moradores.

“Vá, leve o que sobrou do nosso povo e cuide de nossa filha” Whilly disse ao marido, sua voz falhava devido a falta de poderes para sustentar a memória.

“M-Mas meu bem, o que vai acontecer com você? E-Eu não posso abandona-la” O Lilligant respondeu tendo um pequeno broto em seus braços.

“Não posso pensar no que acontecerá comigo, mas por favor, vá!” Pediu.

Um corte na memória e logo estavam numa luta contra o macaco, seus movimentos eram muito brutais e diferente de Virizion que usava sua energia para dar vida e incitar a justiça das plantas ao redor, Zarude incitava o lado sombrio de cada vegetal a se libertar e lutar com a energia da morte.

O lendário estendia os cipós em seus braços para levantar ataque contra a Rainha e seu exercito, Whilly dava o seu máximo como suporte fornecendo um vendaval para acolher seus soldados e os possibilitar escapar dos movimentos, os curava com supricios a floresta e tentava reaver aquilo que o lendário destruia.

“Não esta funcionando, todos eles estão caindo, a floresta...minha voz é muito fraca” Dizia a si mesma caindo de joelhos enquanto as raízes empalavam mais um de seus amigos.

“ONDE VOCÊ ESTA?! VOCÊ PENSA QUE PODE ESCAPAR DE MIM!” Zarude gritava enquanto.

“Vou levar todos eles! Tudo o que trabalha para manter!”.

“Sinto que errei em ser tão neutra, a floresta é calma e compassiva, mas isso não significa relevar tudo e todas as formas de vida, algumas existências desejam causar dor e não podem ser relevadas, eu gostaria tanto de corrigir o meu erro” Sua avó lamentava-se sabendo que em breve seria a próxima.



“Eu consegui ouvir o desejo de sua aura, consigo sentir o quanto ela é forte, por favor, me ajude” A mesma voz perguntou a rainha.

“Q-Quem é você? Como pode me ajudar?”.

“Eu sou Shaymin e não tenho como manifestar todos os meus poderes nessa face, mas podemos tentar fazer algo único se você se juntar a mim terá poder suficiente para realizar o que deseja, mas lembre-se: isso irá sacrificar a existência da forma como você conhece e caso tudo dê errado sua alma vagará sem rumo definido”.

Vendo toda a destruição a seu redor, Whilly aceitou e então shaymin em uma forma espectral uniu-se ao seu coração e um clarão surgiu de tudo aquilo.

“Você quer que eu me una a você? Mas o que acontecerá com a minha alma? E porque só agora?” Seraphine começou a questionar-se.

“Aqui na segunda face, as entidades só escutam os corações quando estes gritam por socorro o suficiente para suas auras se manifestarem além desse plano, não temos muito tempo, você precisa decidir!” Sua avó explicou começando a desaparecer, o plano em que estava também ameaçava desfazer-se.

Não havia entendido tudo, as razões principais, mas ouvir o pensamento de sua avó revendo seus erros, o modo como ela lutou acreditando em seus principios, percebendo seus erros e os usando para levantar-se com uma nova voz, era isso que queria.



“Eu aceito! Seja lá o que isso significar, vamos nos tornar um só!”;

Todo aquele plano estremeceu e as linhas esverdeadas envolveram seus braços e pernas, aos poucos a princesa recobrava seus sentidos e sua consciência deixava de ser uma ideia para voltar a ter um corpo, era como se nascesse outra vez com a diferença de que conseguia ver todo o processo.

O ouriço surgiu cintilando, a voz da natureza foi ao seu encontro, Whimsicott virou-se para abraça-lo e ambos se uniram.



“Agora é bom que tenha consciência de que sua aura esta além de si mesma, sua existência esta em troca com tudo ao seu redor e você possuí o verdadeiro poder dessa terra, revele sua Chromaticah Form!” Shaymin repetiu as palavras com todo seu corpo brilhando.



O corpo do ouriço virou energia e suas flores foram até a testa da princesa e tornaram-se uma jóia que expandiu seu poder e provocou mudanças crescendo seu cabelo num formato de uma coroa, um casaco de algodão surgiu ao redor de si e os chifres na lateral de sua cabeça cresceram devido a energia.

A pokemon agora não emitia mais aura, ao invés disso uma energia que parecia estar além do que ela considerava como realidade, mesmo sem entender muito o que aquilo significava.

“Por favor, use seu poder com sabedoria, é nossa última chance e vocês precisam derrota-lo” Sua avó torceu.



O clarão diminuiu sua incidência colocando-se atrás da Whimsicott, esta agora soava como um sol em sua nova forma, a natureza agora a notava com outros olhos e ela sentia o poder de sua voz, conseguindo pensar em si mesma com um pouco mais de carinho.

“Me sinto poderosa de verdade, é vergonhoso pensar em mim alguns segundos atrás, mas eu deveria ter ententido que mesmo naquela forma minha voz já significava algo” Disse para si mesma.

“De novo não! Já é o segundo que desperta, não vou permitir que aconteça novamente!” Virizion gritou e conjurou um jardim de girassóis todos voltaram-se para cima absorvendo luz solar.

Concentrando tudo numa esfera, o cervo soltou sua rajada de luz contra sua oponente, em sua nova forma reuniu energia sentindo que esta não vinha mais de dentro de si, mas de um lugar além.

Formou um escudo com uma insignia de folha no centro, este dispersou toda a luz que passara por si, Seraphine ergueu as mãos criando um comboio de esferas de partículas naturais e aumentando o potencial clorofilático delas absorveu o segundo disparo de Virizion.

Com um floreio enviou todas contra a lendária, esta gritou ao ser atingida e seu corpo começou a apresentar glitchs, sacudindo a cabeça e bufando de irritação, Virizion ergueu sua espada dando a natureza mais nutrientes e com uma investida desejava finalizar Seraphine.

“Não vou desejar você, nem ninguém determinar até onde posso expressar minha voz!” Seraphine afirmou conseguindo influenciar a natureza ao seu redor.

Do solo surgiram cipós fortificados percorrendo o corpo da lendária e a envolvendo com força, a espada da justiça tentava corta-los em desespero, entretanto as falhas em sua forma não permitiam com que completasse o ataque.

Girando em torno do próprio eixo afastou as árvores mostrando o brilho total do sol, rachaduras no solo se abriram quando o caule de um girassol gigante levantou-se, suas pétalas fecharam ao redor da princesa absorvendo a radiação solar e transferindo toda a energia para a pokemon verdejante.

Levantando as duas mãos em um arco desenhou um círculo mágico no ar soltando um rajadão solar contra a oponente amarrada queimando toda a sua existência e engolindo a floresta inteira num clarão descomunal e assim que este se encerrou revelou apenas o crânio de Virizion, entretanto seu crânio não era feito de ossos e sim de uma espécie de placa mágica.

Uma placa mágica em tom esverdeado surgiu no ar indo em direção ao solo onde a princesa estava ajoelhada após toda a explosão esta estendeu as mãos sem nem saber o porque havia feito isso.

“O que é isso?” Perguntou ao ver o cristal se desfazendo e logo sentir como se a própria floresta estivesse lhe sedendo um grande abraço.

“É uma dádiva, você derrotou um dos lendários e agora a floresta a reconhecerá quando precisar só precisa aprender a chamar” Shaymin informou com sua voz ainda sumindo.

“Você ainda esta sem seus poderes?” A garota perguntou.

“Sim, talvez possamos nos falar quando conseguir liberar seu poder por si mesma...até...” O ouriço não terminou suas palavras, pois a transformação da pokemon de planta encerrou-se e ela cedeu sob o solo esgotada.

As árvores que Virizion havia criado para prender seus amigos se afastavam para revela-los enquanto estes recobravam sua consciência, estava confusa sobre o que acotencera consigo mesma, provavelmente estava conectada com algo maior do que jamais esperava, porém no momento um estranho alívio afetou o coração da princesa e esta enfim conseguiu sorrir: ela conseguiu salva-los.

 

Notas Finais: Bem, esse capítulo é realmente muito especial pra mim, desde quando era pequeno e comecei a consumir mídias e me identificar com personagens secundários(muita das vezes personagens femininos) e sempre me me incomodei como a fraqueza, emoção ou desenvolvendo deles os deixavam "fracos" perante os outros e me frustrava.

Eu queria que eles tivessem mais presença e óbvio que nenhum autor é obrigado a favorecer meu personagem, mas por exemplo personagens como Sakura(Naruto) e Lucy (Fairy Tail) tinham seu impacto na obra, mas sempre que fosse convincente eram diminuídas ou postas de lado ou mesmo usadas como escadas.

Esse capítulo é uma contraponto a essa ideia e uma visão minha de como uma personagem pode ser desenvolvida e principalmente representada com fraquezas e sentimentos sem ser diminuída pelo roteiro ou inferiorizada pelo universo da história por se sentir menos, era essa a ideia que quis passar com Seraphine sendo desenvolvida e apresentada todos os seus medos, frustrações e facetas dentro disso e obviamente ela ainda tem muito mais por mostrar e espero que estejam dispostos a acompanhar <3 

Obrigado por lerem até aqui, esse é o encerramento do que posso chamar de primeiro Ato da história e vem ai uma atmosfera nova depois disso.


domingo, 30 de janeiro de 2022

Capítulo 20 e 21: A Tomada do Reino Grass!

 Notas Iniciais: Oi genteeee, esse capítulo é o primeiro dos dois especiais finais no reino grass, serão dois capítulos duplos sendo estes o primeiro e bem eu espero muito que gostem e se preparem! 

Capítulo 20 e 21: A Tomada do Reino Grass!                         

O entardecer no reino Grass acontecia de uma forma leve e contagiante, as plantas pareciam mais vibrantes e o vento que soprava pelos arredores carregava consigo as pétalas do desabrochar das plantas direto para o castelo, onde Seraphine e a trupa de perdidos, que aos poucos viravam seus amigos, preparavam-se para jantar.

Todos dispostos em frente a uma grande mesa, Seraphine na cabeceira e a sua esquerda estavam Twilight, Skywinny e Dazzling e a sua direita Frosty, Davi e Katie com Bubble do outro lado da mesa.



“Poderiam, por favor, me passar as pétalas de cheri berry” A Whisimcott pediu.



“Isso aqui é de comer? Eu pensei que fossem só decorativas” O felino comentou impressionado passando o potinho lotado delas para a princesa.



“Darling, você come de uma forma tão fine, unfortunately perdi toda a minha etiqueta faz algum tempo” A esquila comentou para Seraphine e em seguida comeu um crumble de leppa berry e limbando a boca com a mão arrancando pequenos sorrisos da princesa.



“Porque você não experimenta as pétalas, Twilight?” O pinguim perguntou.

“Ué, na sua casa real não serviam ou não era sofisticado o suficiente?” O gato rebatou a pergunta sorrindo.

“Nós tinhamos corais temperados com especiarias do mar, mas talvez acompanhamentos sejam demais para a cabeça de um morador do distrito” Bubble devolveu com uma garfada;

“Eu vou provar então!” O arroxeado comentou.



“Eu não faria isso se fosse você, provar algo assim sem ter nenhum conhecimento do gosto, tire lascas pequenas...” Davi alertou usando chicotes para segurar o talher e cortar seu bife a base de plantas.



“Gente...por onde eu começo a comer? Parece tão certinho que me dá medo de bagunçar” Frosty perguntou fitando o prato confuso com os talheres em mãos.



“Calma eu o ajudo, aqui no Reino Grass eles balanceam e dividem bem a comida, se preocupando com o gosto dos alimentos se sobressair, então você começa com a pastinha de lum berry ela vai limpar e preparar seu paladar” Katie explicava para o Sneasel que escutava compenetrado.

“E qual colher eu pego?” Perguntou.

“Essa aqui mais funda que parece uma pazinha” Skywinny ajudava na explicação e o pokemon a usou para comer ficando impressionado, sentia sua língua ficar cada vez mais sensível.

Twilight pegou uma colher das pétalas e ao colocar na boca...

“É AMARGO? COMO ASSIM ESSE TROÇO É AMARGO?!” Gritou ultrajado com o pelo de sua cauda ouriçado “ESTA ARDENDO? COMO ASSIM!” Gritou em seguida.

“As pétalas de cheri berry são uma iguaria rara, elas são feitas marinadas com cuidado em um molho de tomato e rawst berry e tem a função de contragosto, normalmente realçam gostos na sua boca” A chikorita cientista explicou.

“E porque você não me disse isso antes! E você não vale nada seu príncipezinho!” Twilight apontou o garfo para o pinguim.



“Não sei do que você esta falando” Bubble respondeu sorrindo.

 

Próxima a mesa de jantar havia uma grande janela com vista para toda a cidade, a luz do por do sol trazia o clima do entardecer e no momento em que Seraphine desviou seu olhar da confraternização do jantar viu uma grande explosão assolar o começo do reino e em seguida gritos da população apavorada.

Uma dor afetou sua cabeça e cemicerrando os olhos ela teve uma visão de uma silhueta em formato de boneca.



“O que foi isso?” Frosty perguntou ao ouvir o estrondo reparou no tipo de explosão semelhante ao pulso de poder psíquico que já havia visto antes.

Skywinny encolheu-se na cadeira temendo o pior, os outros param imediatamente o que estavam fazendo e as portas do salão de jantar foram abertas de forma brusca pelo Rei e a Rainha, ambos traziam expressões preocupadas em seus rostos.

“É uma invasão, sem avisos prévios e no momento em que estavámos completamente vulneráveis...não consigo entender, não tem nenhuma grande negociação acontecendo que explique isso” Théa começou a ponderar.



“Enviamos uma equipe de contenção e esperamos minimizar os danos, nós não podemos permitir que essa luta continue, mas precisamos que você fique segura por precaução” O Rei Horten declarou.

“Não é possível que estão considerando continuar neutros nessa situação, nós estamos sendo invadidos” Seraphine começou seu discurso.

“Não sabemos quem e nem o motivo de estarmos sendo atacados, não possuimos desavenças com nenhuma terra, não faz sentido atacarmos de volta é contra nossa natureza” A Rainha silenciou a filha com sua resposta.

Bubble e Frosty ergueram as mãos pedindo a palavra.

“Era só o que o me faltava, o fim dos tempos um perdido pedindo a permissão de falar na minha casa, mas fale logo” O Rei respondeu.



“Eu sinto que sei o motivo desse ataque...não sei se ficaram sabendo, mas um pokemon chamado Nezly tem atacado reinos atrás dos cristais e creio que esse ataque é justamente para tomar o cristal daqui” Contou a fuinha de gelo.



“Ele atacou e matou todos os pokemons do meu reino para tentar pegar o cristal water, mas eu fugi até o distrito e ele atacou novamente para conseguir, mas como pode ver ele ainda esta comigo” Bubble contou mostrando o cetro.



“Então ele basicamente esta atrás de vocês também? Eu sabia! Sabia que abrigar perdidos no meu castelo me traria problemas e agora estamos todos sob ataque!” O Rei Horten na sala olhava para todos com uma expressão quase de nojo estampada em seus olhos.

“Ei a culpa não é exatamente nossa...”

“Com todo o respeito, Rei Horten, mas...”

“CALADOS!” Horten gritou interrompendo Twilight e Davi.

“Pai, não é culpa deles! O senhor não os ouviu? Seriamos atacados mais cedo ou mais tarde, temos que focar em resistir eu andei vendo algumas estratégias lendo o planejamento de batalha dos soldados e...” Seraphine começou.

“Você fez o que?!” Théa a mãe olhou para a filha aterrorizada.

“Tudo isso é culpa sua também! Senão tivessemos te ouvido e trazido essas aberrações para dentro de casa não estaríamos passando por isso, agora precisaremos resolver isso! E você vai ficar de fora para não piorar a situação!” O Rei gritou e a garota sentiu-se desvalorizada, nenhum dos seus amigos foi capaz de a olhar nessa situação.

“Mas eu quero ajudar! Eu quero fazer alguma coisa! Me escutem se agirmos rápido...” A princesa pediu andando até o pai.

“Guardas! Levem-na para longe daqui e mantenham viva! No primeiro nivel da floresta do sussurro!” A Rainha ordenou e imediatamente as portas do castelo se abriram.

“Não! Me deixem ajudar! Eu posso fazer alguma coisa...por favor!” Seraphine gritava tentando se desvencilhar do aperto dos guardas, mas tudo que viu foi as costas de seus pais antes das lágrimas começarem a rolar por seu rosto.

Horten virou-se para o grupo de Frosty e com a voz impassível ordenou:

“Já que trouxeram esse problema até aqui, vocês lidarão com ele na linha de frente, todos irão para a batalha conosco! Desobedeçam e morrerão de um modo muito pior do que em batalha”.

“Para um rei neutro, ele bem que assumiu um lado bem rapidinho” Dazzling comentou irônica.

“Não acredito que esta acontecendo de novo...eu não vou conseguir...” A voz trêmula de Frosty complementava sua mão que apertava a razor fang em sua cintura.

Twilight manteve-se calado enquanto Bubble observava as explosões consumindo cada vez mais casas, a prova de que estavam avançando, se perguntava a respeito do resultado acabar no mesmo que ocorreu com o seu reino.

 




Próximo ao centro do reino, o sistema de defesa fora acionado e raízes milenares levantavam do solo como se tivessem vida própria montando uma barreira na esperança de impedir qualquer intervenção, as casas com paredes de pele de cactos disparavam espinhos contra a marcha de Nezlu que continuava a invadir o lugar.



Por entre as raízes em tons marrom escuros Quilladins rolavam com precisão e poder envolvidos por uma camada protetora de espinhos em direção ao exército de Alakazam marchando para o centro do reino.



Uma parte dos pokemons psíquicos fincaram suas colheres no chão e um grande círculo mágico surgiu, os Alakazam que continuaram de pé apontaram suas colheres de dentro dele soltando explosões arroxeadas bombardeando as raízes e dificuldando a tentativa de ataque dos quilladins.



Entretanto um esquadrão formado por Glooms entrava em ação criando raízes artificiais, possuindo propriedades curativas, para que os batedores continuassem a rolar contra os oponentes e alguns dos pokemons mandragóras cuspiam acido sobre o solo pra dificultar o avanço do inimigo.



Um dos Quilladin conseguiu a passagem acertando em cheio o grupo de Alakazam e os jogando para várias direções, vendo a oportunidade os outros soldados desfizeram sua forma de esfera e concentraram poder até seus braços tornarem-se machados de madeira para correr num contra ataque.



“Eu adoro esse momento, o momento em que eles perdem o controle!” Era Ponyta the Killer deslizando por entre os destroços da cidade com sua crina brilhando quase como se estivesse eletrificada.

Seus cascos batiam sob o solo com leveza e tanta destreza que os verdejantes não conseguiam acompanhar conforme ela saltava de um lado para o outro mantendo-se em movimento para não ser atingida e exercer pressão por meio da velocidade.



Um dos Gloom vendo a situação encheu a boca de um líquido venenoso e cuspiu na direção da potrinha que saltou no instante em que seria atingida.

“Eu vou começar e você aproveita a deixa, precisamos nos livrar dessas raízes senão vamos perder pressão de ataque” Avisou a unicórnio enquanto concentrava um grande poder em seu chifre.



Envolta por uma aura dourada logo a disparou para todos os lados como flechas coloridas cintilando até seus alvos e acertando a maioria dos quilladins transpassando sua armadura natural e os derrubando com apenas um golpe.

“Não entendi a necessidade um ataque tão repentino...mas decidi vir porque fiquei curiosa pela sensação, entretanto já me arrependi e espero acabar logo com isso” Anna a Banette declarou surgindo por entre as sombras.



Cruzando os braços acima de seu rosto e em seguida os abrindo ela revelou a jóia em sua testa, do chão as sombras se levantavam para envolve-la dentro de uma labareda em tons de preto, alguns dos Alakazam pôde jurar que viu uma silhueta se unir a joia da boneca dentro da transformação.


Agora com suas garras reveladas ela rasgou a chama na qual estava presa libertando sua nova forma e exalando uma pressão diferente de tudo que eles haviam sentido.

“Eu sei, consigo sentir que tem três iguais a mim nessa cidade, mas eles ainda não passaram pelo que eu passei, espero ter a oportunidade de conversar com algum deles! E pare de se intrometer esse é o meu pensamento!” Anna falou para si mesma.



Unindo suas garras as sombras ela criou uma passarela obscura até os Quilladins caidos os encapsulando em uma esfera de energia negra, dentro dela os soldados gritavam de terror ao terem suas almas corrompidas pelo poder da fantasma.

“Consegue eliminar as raízes com isso?” Eiky perguntou surgindo de um teleporte.

“Cuidamos de prender a maioria dos cidadãos e acho que podemos continuar o ataque” Eipty informou.

Anna assentiu e seus olhos brilharam em um tom purpura na medida que a esfera de sombras ganhava a forma de um rosto sombrio e com um mover de braços disparou contra a defesa das raízes causando uma grande explosão com todos lá dentro.

As sombras consumiram a defesa do reino Grass deixando os soldados inconscientes em meio aos destroços enquanto a cruzada de Nezly avançava conquistando os objetivos pela cidade e chegando cada vez mais perto do palácio onde o Rei Horten, a Rainha Théa e alguns dos soldados que haviam sobrado junto ao grupo de perdidos se preparavam para enfrentar a nova ameaça.

“I don’t feel prepared for this as much I like” Dazzling comentou apreensiva ao recordar de batalhas anteriores, fora o fato de não ser uma eximia lutadora.



“Eu também gostaria de ter tido tempo pra me dar conta do que tava acontecendo” Resmungou o gato colocando os dispositivos que havia roubado.



“Só aqueles dois pareceram invencíveis da primeira vez que o enfrentamos e agora tem mais duas que não temos nenhuma estatistica a respeito do modo de combate” Bubble analisou portando seu cetro.

“Eu não gosto dessa situação...não quero ver ninguém morrer de novo” Frosty pensava consigo mesmo, em sua mente só conseguia ver toda a situação do distrito se repetindo.



“Bubble tem razão, meus rastreadores não conseguem entender que tipo de energia vem daquela banette e aquela ponyta possui um grande poder, eles passaram pela linha de defesa reforçada precisamos tomar cuidado” Davi comentou com uma tela holográfica a frente de seu olho analisando os dados da situação.

“Precisamos nos acalmar, deixar os pensamentos para fora do campo de batalha, pode ser nossa ultima operação e quero ao menos fazê-la direito” A eevee comentou em posição.

“Acho que não vou conseguir lutar! Minhas asas estão tremendo só de lembrar do que aconteceu com meu reino...” Skywinny possuia dificuldades para manter o voo.

“Calados seus vermes! Embora vocês tenham razão, vamos nos dividir para enfrenta-los e conquistar objetivos mais facilmente, você Sneasel e Bubble vão pela ala leste onde estão uma boa parte dos cidadãos presos, o cientista e a sua guarda costas podem ir para o oeste e tentem obter alguma vantagem para conquistarmos as laterais, a ave, a esquila e esse gato ficam comigo para enfrentarmos quem quer que sobre no meio” Horten o Rei determinou.

“Com todo o respeito, majestade” Twilight provocou “Mas como sabe onde estão os presos?”.

“Somos conectados com o sistema de raízes que fica abaixo do reino, conseguimos nos comunicar através delas, agora vão todos temos uma batalha para lutar e é bom que fiquem vivos!” A Rainha informou e logo em seguida todos se dispersaram.

“Estão tentando se dividir, até que ficou interessante vamos jogar o jogo deles: os dois patetas pro leste e você vá para o oeste e me deixe em paz, preciso de só um grupo de Alakazam para acabar com eles!” Anna sorriu lambendo os beiços e abrindo os braços enquanto todos assumiam suas posições.

 



Andando lado a lado o pinguim e a fuinha corriam pela ala leste com o objetivo de libertar os cidadãos feitos de refem pela armada de Nezly.

A maioria das casas verdejantes ainda encontrava-se de pé, mas haviam perdido o brilho de outrora parecendo apenas construções abandonadas, por todo o percurso o solo apresentava diversas rachaduras, a vegetação que florescia livre pelo reino agora estava completamente destroçada com pedaços de folhas ao vento deixando o clima mórbido.

Conforme avançavam os destroços aumentavam, Bubble tentava analisar o terreno para ter uma noção melhor de como poderia se mover caso entrassem em combate havia passado boa parte do tempo no palácio grass treinando seus movimentos e conjurações.

Não ficava a sós com Frosty havia bastante tempo e não conseguia evitar desviar o olhar toda vez que tentava olhar para o pokemon ao seu lado. o clima entre os dois estava ainda mais estranho.

Por sua vez, Frosty sentia que precisava falar sobre aquela situação, já havia ido longe demais, mas desde o incidente no distrito se fechara ainda mais e o medo da situação confundia ainda mais seus sentimentos, continuava andando arrependido por ter deixado sua relação com o piplup chegar nesse ponto.

Chegaram em uma praça que conseguiu se manter intacta em meio ao ataque, os bancos de madeira permaneciam limpos, haviam canteiros com flores de diferentes tipos e no fim do local foi construído uma estrutura semelhante a uma casinha onde poderia se abrigar da chuva para aproveitar o lugar.



“Senão estivessemos no meio de uma perseguição bélica eu adoraria relaxar nesse lugar” Bubble comentou esperando alguma resposta da fuinha.

Logo notou o chão abaixo de si assumir um tom purpura diferente do normal, o ar enchendo-se de uma aura de poder diferente, os bancos ao redor passaram a flutuar.

“Frosty cuidado!” O Pinguim o empurrou para o chão e ambos rolaram antes de serem atingidos pela ornamentações.

“Pensei que gostaria de relaxar nessa praça, não achou bonito olhar os bancos mais de perto?” Eipty perguntou sorridente surgindo de um teleporte fora dos limites da praça.

Um acumulado de energia surgiu em frente a eles enquanto Eiky o outro indeedee surgiu disparando esferas de acumulo de energia contra ambos os pokemons.



“E-Eu preciso fazer alguma coisa...mas...” Frosty balbuciava com as mãos na cabeça sem tomar alguma atitude.

Franzindo a testa, o pinguim irritou-se e manipulando seu cajado criou duas esferas de água expandindo-as numa barreira de água improvisada suportando os ataques adversários que os atirou para trás com o impulso da colisão.



“Frosty, foco! Corra para algum canteiro agora!” Ordenou com um tom de voz sério, o sneasel escondeu-se.

“Não acredito que de todos os que poderiamos enfremtar ficamos com esses dois chatos!” Eiky disse decepcionado enchendo as mãos com seu poder.



As girando num sentido horário criou uma inscrição de energia psíquica enviando ondas em direção a Bubble, este segurava o cetro com o cristal Water ainda sentia a familiar sensação de aperto em seu peito, possuía ainda duas esferas de água ao seu redor para ajudar na conjuração e usando de uma delas criou um vórtice de água o lançando para o ar.

As particulas de água se uniram numa espiral conforme ele rodava o cajado e cancelaram as ondas, e sem perder tempo, Bubble agitou a arma mágica para frente posicionando a outra esfera abaixo da Lhama psíquica.

“Por favor que seja o suficiente para ganharmos tempo!” O pinguim fez o cristal brilhar agitando a pulsação da bola de água até que esta se tornasse um geiser.

Explodindo com a água até o alvo, porém Eiky teleportou-se instantes antes de ser atingido indo para o chão e irritando ainda mais o príncipe.

“É bom não ter esquecido de mim!” Eipty teleportou-se acima de Bubble e Frosty que continuava escondido no canteiro.

“Lembre-se que graças ao informante entre eles vamos levar dois cristais por um ataque, não podemos falhar!” A Indeedee criou três esferas elementais e com um mover de braços enviou os ataques.

Uma rajada de fogo foi defendida do pinguim com uma das esferas conjuradas enquanto puxava o sneasel pela cintura o forçando a correr, conseguindo desviar do feixe de gelo que por pouco não acertara suas costas, o sobrevivente do reino water corria tentando chegar até a casinha no fim da praça para conseguir algum abrigo.

Porém um feixe elétrico o acertou em cheio, gritando de dor ele empurrou Frosty que mal olhara para trás, apenas fugindo para dentro da habitação.

Eiky já estava ao lado de sua irmã os dois deram as mãos criando uma centena de esferas luminosas ao seu redor, todas estalavam pulsos elétricos de energia mágica quando foram lançadas como um enxame contra o príncipe.



A paciência do pinguim chegara ao limite, segurando firme em seu cetro controlou a umidade no ar fazendo cair gotas de chuva como balas explodindo a conjuração inimiga, correu até a casa, fechou seus olhos aumentando a indidência da precipitação, erguendo o cajado no ar costurou um escudo ao redor da construção.

Frosty permanecia sentado.



“Quero que você me escute: eu estou exausto! EXAUSTO! Não consigo manter minha paciência agora! Você me ignora desde que saímos do distrito e eu salvei sua vida! Me senti mal e quis matar o Twilight já que ao que tudo indicava eu tinha sido trocado! E agora que precisamos lutar você me deixa sozinho de novo!” Bubble despejou toda a sua raiva em cada palavra.

A chuva seguia caindo enquanto as duas lhamas psíquicas tentavam atravessar a barreira com seus ataques, a enfraquecendo cada vez mais.

Frosty virou-se assustado para o pinguim, seus olhos encontraram o do príncipe e todas as questões dentro de si pareceram ficar menores diante do que aquele momento representava.

“Eu...eu entendo! Você ficou mal, você estava solitário o tempo todo, você perdeu o lugar onde você cresceu, mas isso não justifica! Não justifica você fingir que eu não existo! Eu estou magoado com você de verdade, mas eu ainda continuo aqui!” O Piplup gritou.



“M-Me Desculpe...eu...eu acho que deveria ter te contado tudo desde o início...eu só não sabia como expressar meus sentimentos...e-eu até agora n-não sei, quando Twilight apareceu parecia tão fácil falar com ele já que não o conhecia e não devia nenhuma explicação... s-sobre quem eu sou ou o que aconteceu comigo” Frosty desabafou aos poucos erguendo a cabeça e encontrando o olhar do pokemon aquático.

“Mas com o tempo não foi, eu precisava falar, eu o usei e me senti péssimo, fugi da mesma forma que fiz com você, no fim eu não sabia como falar com os dois e só consegui me sentir sozinho e péssimo...e agora isso...” Frosty começou a colocar as mãos na cabeça, seus dedos tremiam.

“Você tem que parar de fugir! Coisas ruins vão voltar a acontecer e podem ser piores do que antes, mas não dá pra viver fugindo e ignorando seus sentimentos, Frosty! Nós estamos diferentes, num lugar diferente, entendo que você vá precisar de seus momentos de tristeza e fuga, mas o momento de encarar as coisas de frente vai chegar e aquele Sneasel que me salvou quando eu era apenas um príncipe perdido tentando conseguir uma roupa nova sabe muito bem sobre isso!” Bubble mesmo irritado sorriu estendendo a mão para o amigo.



Frosty sentiu as sensações ruins diminuírem, olhou para o pinguim e conseguiu encontrar confiança, os dias que os dois compartilharam juntos em sua casa continuariam existindo e a esperança que perdera ao descobrir a verdade sobre Nezly, começou a ser restaurada aos poucos por si mesmo.

“Me desculpe por ter feito você passar por isso tudo, e por ter demorado tanto para voltar” Frosty sorriu aceitando a mão e levantando-se ao lado do amigo.

“Ainda não te perdoei por completo...mas estou disposto a trabalhar nisso, agora temos que focar em sobreviver!” Bubble alertou para o escudo aquático que estava a um passo de se quebrar.

“Pode me dar cobertura?” Perguntou o ladrão sorrindo posicionando-se.

“Dessa vez não vou ficar olhando você se divertir!” Bubble devolveu erguendo seu cetro mágico, o cristal brilhava forte contagiando a pele do pinguim com os tons azulados.

Assim que as barreiras aquáticos caíram o teto da casinha fora arrancado pelo poder psíquico de Eiky revelando a outra lhama flutuando acima deles com esferas elementais girando ao seu redor e conforme moveu os braços enviou rajadas de fogo, eletricidade e gelo serpenteando contra os dois pokemons.



Bubble respondeu rápido batendo com seu cetro sobre o chão e fazendo subir um tornado de água até a adversária impedindo com que saísse dali e Frosty aproveitou energizando seus pés com gelo e começando a correr ao redor do vórtice líquido em direção a lhama.

“Não acha mesmo que vai me derrubar só com isso?” Eipty conjurou mais uma tríade de esferas mirando contra a fuinha de gelo.



Frosty sorriu conforme seus olhos focavam no ataque vindo em sua direção, aumentando a energia gélida em seus pés para que pudesse se mover pelo tornado, ele desviou saltando conforme as bolas de energia tentavam o acertar explodindo em eletricidade, fogo ou gelo atrás de si.



“Nós vamos resistir dessa vez!” Frosty gritou com a razor fang em seu bolso brilhando e iluminando seu corpo com as informações dos dados, e ao sair do brilho como um Weavile ergueu as garras metálicas direto contra a oponente.

Esta logo conjurou uma barreira segurando o movimento enquanto o pokemon transformado forçava a investida buscando quebrar o escudo.

“Se eu fosse você me preocuparia com seu amiguinho também” Provocou.

Voltando seu olhar para baixo, viu o outro Indeedee surgir em frente ao pinguim e acertar um comboio de energias psíquicas em forma de arco o mandando para fora da casa e desfazendo o vórtice.

“BUBBLE!” Gritou preocupado desconcentrando-se por um momento o que a psíquica aproveitou para investir e o derrubou lançando uma rajada de fogo que o acertou em cheio.

“Eu posso cuidar disso agora!” Bubble levantou tirando seu artefato mágico do chão enquanto a Lhama erguia esferas psíquicas eletrificadas e com apenas um movimento atirou contra o príncipe.

Movendo seu cajado controlou partículas de água ao seu redor formandio duas esferas e lançando uma delas para frente transformou-a em uma torrente de água causando uma explosão ao entrar em contato com o ataque inimigo.

Eiky teleportou direto para frente do aquático que já esperavsa, girando e movendo seu cajado para a frente acertou-o em cheio com o ataque o soltando contra o chão pelo impulso.

Frosty ainda se recuperava da queda quando sua oponente fez chover dos céus vários feixes elementais diferentes buscando acerta-lo e no mesmo instante Bubble passou por cima dele com uma enxerruda que o projeteu do ataque, posicionando-se novamente ao lado dela.

“Uau, quando aprendeu a fazer tudo isso?” O Weavile perguntou surpreso.

“Andei treinando! Mas agora é hora de fazer alguma coisa!” E dito isso ele envolveu o ladrão com uma tromba d’agua e o jogou em direção a lhama psíquica.

Eipty ao ver a aproximação do adversário teleportou-se com seu corpo virando apenas luz, mas dessa vez o ladrão conseguia captar pelo sistema da Razor fang um acumulo de energia logo abaixo dele e mudando sua trajetória ele despencou contra a psíquica no momento em que esta surgiu.

Criando garras de energia negra, ele desferiu um potente ataque a jogou contra o chão, pousando em seguida.

“Não podemos deixa-los descansar!” Bubble alertou fazendo o cristal em seu cetro brilhar e ao balança-lo como uma varinha fez surgir abaixo de si uma enxurrada pela qual surfava.

Frosty bateu no chão criando pilares de gelo e saltava por entre eles buscando chegar nos oponentes.

“Se acham que terminamos, não perdem por esperar! Não perderemos para duas crianças!” Eipty franziu o cenho irritada, dando as mãos com seu irmão ambos compartilaram seu poder psíquico fazendo todo o seu corpo reluzir pela energia acumulada.

 




“Isso foi o que mandaram pra me enfrentar? Acho que vão precisar de um pouco mais que uma raposa e uma planta para me derrotar” Ponyta the killer em seu salto disparou suas flechas de luz coloridas explodindo construções e criando buracos no chão por onde passavam.



“Por sorte, eu não sou qualquer raposa e tenho total capacidade de lhe derrotar!’ Katie afirmou metalizando sua cauda e transformando todos os pelos em fios de aço.

Erguendo-a como uma espada rebatia as flechas e por fim disparou contra a psíquica que ainda pousava contra o chão, invocando o poder de seu chifre criou uma ventania encantada ao redor de ambas fazendo a eevee sofrer alguns danos, mas esta não se intimidou.



Saltando por cima da conjuração e usando da queda para acertar o chão com sua cauda, a pokemon provocou um impulso para repelir o ataque inimigo revelando a assassina disparando um comboio de ataques.

“Katie!” Davi gritou com seus olhos brilhando em um tom amarelado e invocando uma tela protetora na frente da amiga, a flecha estilhaçou a proteção causando uma grande explosão.

“Eu nunca saio de uma batalha sem matar alguém, é bom que saibam disso” E dito isto avançou atirando feixes de luzes coloridos com grande potência.



“Me dê cobertura, eu vou ataca-la!” Katie avisou avançando enquanto criava um circulo de cartas mágicas ao redor de si, com um salto as enviou contra a adversária.

“Espere por mim! Acalme-se não tome decisões tão precipitadas!” Davi alertou conforme a unicórnio desviava de todas as investidas da eevee.

Soltando um pulso psíquico de seu chifre, The Killer controlou todos os destroços do lugar e os enviava como uma chuva em direção a dupla da sociedade break.



“Eu preciso acabar com isso o mais rápido possível!” Katie disse e envolvendo-se num rastro de energia partiu desviando de todas as estruturas atiradas contra ela ficando cara a cara com a psíquica.

“Hm, quer partir para o mano a mano? Por mim tudo bem!” Debochou conforme a outra disparou com um ataque certeiro atingindo o chão ao ser evitada pela assassina.

“Vá embora do meu reino!” Katie gritou continuando a investir contra a Ponyta seguindo pela diagonal, mas a unicórnio ergueu uma pedra para bloquear o caminho saltando para o alto.

“Você nem deveri estar aqui pra começo de conversa, você não é um deles!” Frizou assassina.



A expressão de Katie fechou-se ainda mais, rangeu os dentes, não se intimidou com a pedra em seu caminho continuando a correr com mais velocidade usou a força do impacto para destruir o obstáculo continuando a perseguição, com sua cauda brilhando em tom metálico acertou um golpe contra a psíquica mandando-a para o chão.

Davi tentava dar suporte utilizando de suas folhas, mas errava os movimentos já que a movimentação das duas não o permitia acompanhar o combate propriamente dito.

“Não importa senão sou daqui! O que importa é que encontrei um propósito nessa droga de lugar e não vou deixar você ou qualquer outro estragar isso!” Katie declarou criando um novo comboio de cartas.

“Você não precisa fazer isso sozinha! Eu estou aqui também” Davi gritou erguendo seus chicotes e retirando os destroços que caíam ao redor da parceira.

“Eu vi o quanto ser descoberto pelo rei afetou você...você não me contou como se sentia...mas vi que não trouxe nem a armadura de Octillery para o combate e sei o quanto ela importa” Katie disse surpreendendo a chikorita que não pensou que ela repararia.

“Eu...eu realmente acabei perdendo um pouco minha confiança nas minhas criações como cientista e...” Davi admitiu baixando a cabeça.

“É a sua cara fazer isso, esse é o lugar onde criamos memórias e progredimos juntos com a nossa pesquisa, por você, por mim e por nós eu vou lutar não se preocupe” Katie sorriu virando-se contra Ponyta que agora encarava os dois um tanto quanto perplexa.

“Por mim, por você e por nós, Luciana, eu vou lutar não se preocupe!” A fala veio em sua mente e logo em seguida a unicórnio apagou de sua mente, um sorriso desesperado surgiu em seu rosto junto com lágrimas

“Acho  que já deixei vocês dois vivos por tempo demais, mas parabéns, ninguém nunca tinha resistido em uma luta tanto quanto você” Ponyta elogiou criando uma barreira de energia ao redor de si mesma.

“Espero realmente resistir um pouco mais!” Katie posicionou-se com seu olhar desafiando a assassina.

“Não vou conseguir estar aqui cem por cento, mas vou ajuda-la do modo como eu consigo agora, e prometo contar a você depois quando tiver uma conclusão melhor sobre meus sentimentos” Davi também tomou sua posição no combate.

Ponyta saltava por entre as casas envolta em uma barreira de energia, enviando suas flechas para onde conseguia ver enquanto Katie corria derrapando pelo chão desviando das explosões acontecendo ao seu redor, uma das flechas acertou um pouco a sua frente causando uma explosão que a mandou para o alto.

The Killer aproveitou parando em um dos telhados e soltando um feixe colorido de anéis psíquicos rumando contra a psíquica, mas Davi criou chicotes a partir das sementes em seus pescoços e impulsonou um comboio de folhas acertando a pokemon e mudando um pouco a trajetória do ataque.

Katie se recuperou e com um rastro branco atrás de si corria pelos telhados, enquanto The Killer usava seu poder psíquico para destelhar toda as habitações e atacar a adversária, a eevee se defendia como podia usando cartas para destruir telhas e espinhos dos cactus usados nas construções.

 



“Quilladin avancem!” Horten ordenou iniciando a ofensiva contra a rebelde.

“Vocês façam o campo de poder e interceptem eles!” Anna comandou estendendo um dos braços.



Os batedores de grama entraram em seu modo de defesa rolando em formação encobertos por uma camada de espinhos para o embate, ao passo que o grupo de oponentes fincaram suas colheres no solo criando novamente um campo de energia buscando repelir.

“Não se intimidem! Quebrem a energia com a força bruta!” Thea a Whisincott gritava suas mãos exibiram esferas luminosas quando ela chamou pelo sol no céu.

“Oh my god, eu não consigo acreditar que de todos os lugares em que poderia estar, i’m here now” Dazzling comentou ainda em guarda.

“É bom se preparar, ela claramente não esta para brincadeira...e você esta bem?” Perguntou para a ave.

Staravia tremia suas penas e suas pernas pareciam inquietas, ela observava o combate ao seu redor parecendo se segurar para não tomar alguma atitude.

“Estou nervosa...eu quero fazer alguma coisa! Não posso assistir isso acontecer de novo como foi com a minha família” Staravia dizia com um tom de voz diferente do seu usual.

“Darling please relax, faça como Adele e apenas go easy gata, go easy” Dazzling tentou descontrair o clima, mas não pareceu surtir muito efeito.

A Rainha ergueu o poder do sol alimentando o ataque de seu exército e fortificando o escudo natural de todos, o pulso psíquico do campo mágico não foi o suficiente para contê-los e eles seguiam avançando.

“Hm, as plantinhas sabem lutar, manobra de contenção!” Comandou para os psíquicos.





Os Alakazam tiraram suas colheres do chão enviando raios brilhantes tentando retardar o movimento inimigo, um dos Quilladin conseguiu ultrapassar o feixe acertando o psíquico amarelo e voltando para perto do esquadrão.



Anna iniciou uma dança sinistra, erguendo uma das mãos retirou do chão uma barreira de sombras e batendo no solo enquanto agitava sua cabeça criou duas garras obscuras e com seus braços arranhou o ar transmitindo o movimento as suas criações atingindo todos os soldados e os espalhando.

Assim que as sombras se dissiparam surgiu uma staravia voando com as asas fortalecidas pelo vidro, sua expressão um misto de medo e coragem conforme ela avançava acertando um Alakazam e o derrubando no chão inconsciente.

“Filha de uma...Vocês dois vamos avançar!” Horten gritou para os dois perdidos e juntou-se a luta.

Fazendo seu cabelo de algodão brilhar em um tom verde, reuniu um amontoado de folhas em um tornado e o enviou devastando tudo em direção a ele, a rainha soprou pó de fada em suas mãos agitando as correntes com magia e encorpando o tornado do marido para engolir tudo a sua frente.



Anna saltou acima de todos os Alakazam abriu os Zípers que a mantinham presa e de lá saíram braços espectrais acertando em todos os seus aliados, roubando a força dos adversários ela sorriu criando uma esfera negra embuída com poder psíquico.

A esfera tomou a forma de uma boca com olhos e sorriso lembrando o da própria Anna, quando ela atirou engolindo o tornado e causando uma grande explosão fazendo todos terem de se segurar em seus lugares, o Rei e a Rainha não se intimidaram.



Entretanto Skywinny surgiu em meio a fumaça planejando ataque furtivo.



“Eu consigo te ver passarinho!” Anna girou criando labaredas azuladas ao redor de si e as enviou acertando o corpo da princesa dos voadores, esta sentia sua aura queimar dentro de si soltando um grito de dor.

Théa juntou as mãos em oração e de sua essência retirou uma energia rosada criando uma esfera de poder lunar e ao girar soltou-a contra a boneca, esta colocou os braços a frente de si conseguindo defender.

“Solte-a!” Horten expandiu sua aura dando vida a folha afiadas como gilete, as enviando como balas falhando novamente em acertar a fantasma e apenas destruindo as construções do reino conforme cada folha passava causando buracos na parede.

“Não venha agir como se você se importasse reizinho, você nunca se importou, não se diz neutro pra não ter que lidar com a verdade sobre você!” Anna disparou cada palavra enquanto girava sua cabeça de um modo perturbador finalizando com um sorriso.

“Você não entende nenhuma das decisões que eu tive que tomar!” Horten se afirmou.

Theá apareceu por trás do esposo com uma esfera de luz solar, os poderes do sol que invocou fortificaram seu ataque quando ela concentrou sua mira e disparou todo o concentrado de poder buscando acertar a fantasma.

Uma barreira psíquica surgiu a frente de Anna vinda dos 3 Alakazam que ainda estavam de pé.

“Achei que para rainhas, não era permitido tomar decisões, que ousada você” Debochou.

“É bom você segurar a sua língua para falar de mim e do meu marido!” Theá devolveu a provocação colocando-se ao lado dele.

Criou uma conjuração de energia com vários pontos luminosos capazes de sugar energia e as enviou em direção a Anna, ao passo que Horten passou a flutuar reunindo correntes de vento ao seu redor criando pequenos tornados de lotados de folhas e jogando uma tempestade combinada contra a adversária.

“Eu vou mostrar Para todos, eu não serei controlada por esse poder hoje...” Anna disse para si mesma.

“Não podemos me parar com isso, acho bom saírem da minha frente, não é com vocês que desejo falar!” A Banette mudou sua expressão assumindo um olhar concentrado.

Dois dos Alakazam tiveram suas energias coletadas após duas esferas de Théa os tocarem e em seguida foram arrastados pelo o ar sofrendo dano das folhas, a boneca se deixou ser capturada por um dos tornados.

Ela girava pelo ar sentindo-se livre, soltou seus braços e abriu ainda mais os zípers que mantinham seu poder preso, infectou o tornado fazendo com que se tornasse energia negra o moldando para tomar a forma de um monstro abrindo a boca para destruir tudo a sua frente e avançar direto contra o Rei e a Rainha.

Estes tentaram resistir, mas o impacto causou uma grande explosão fazendo voar destroços e destruindo construções, rachando o chão e separando os dois monarcas, agora Anna encontrava-se de frente para Dazzling e Twilight, ambos não faziam ideia de como lutariam contra aquele poder.



A boneca erguia-se diante de ambos abrindo os braços e assumindo uma forma quase espectrais onde seus dentes abriam em um sorriso peverso arrepiando a esquila dos pés a cabeça, Twilight agiu mais rápido criando um campo sombrio e puxando sombras para sua pata disparando um soco e desfazendo aquela forma.



Dazzling notou o disfarce e apressou-se em abrir os braços para planar, acompanhando com o olhar o rastejar da Banette pelo chão, surgindo logo atrás de si

“Finalmente, é a primeira vez que encontro com alguém igual a mim” A voz quase aliviada da fantasma saiu enquanto ela criava chamas sombrias.

“D-Do que esta falando?!” Dazzling gritou assustada pegando uma corrente de vento para tentar manter a distância;



“Você não consegue sentir? O Fardo que você vai carregar? Porque não esta sofrendo?” Anna perguntava sem parar enquanto disparava chamas buscando consumir a elétrica.



Dazzling emitiu um ruído assustada, amarzenando energia em suas bochechas disparo sequências de feixes elétricos ao seu redor formando um escudo tentando conter o ataque, não tendo poder o suficiente para aguentar foi pega numa explosão e atirada contra uma pedra, arfando e se levantando com dificuldade.



“Não me ignore!” Twilight se fez ouvir saltando com as garras agora transformadas em patas de liepard, ambas dominadas de sombras escorrendo como sangue.

Empunhou em um ataque, Anna criou uma esfera lotada de espectros para se defender.

“Forte pra um gatinho, mas não é com você que quero falar!” E com isso fez com que garras se desprendenssem da bola e atirassem o gato contra uma parede caindo em meio as pedras.



Dazzling sentia dores pelo corpo, mas ao perceber a aproximação saltou planando novamente e ao girar com um brilho rosado ao seu redor fez surgir corações e os envioou planejando enfeitiçar a oponente.

“Você ainda não entende não é? Ainda é fraca...que decepção...a primeira vez que encontro alguém como eu e não posso nem aproveitar porque você é simplesmente fraca!” Seu tom de voz agora era furioso.

Despedaçando todos os corações de uma vez, a fantasma continuava avançando.

“Quem você esta chamando de fraca?! Eu estou tentando todos os dias me tornar alguém mais forte, não tenho culpa se você foi amaldiçoada!” Dazzling gritou lembrando das humilhações que passou no palácio elétrico, de seu irmão morto  e de como todos os dias tentava encontrar motivos para si tornar melhor do que era.



Concentrando correntes de ar ao redor de si, ela ganhou velocidade e poderes, os usando para aumentar sua mobilidade sobre o campo e com a energia em suas bochechas carregadas disparou uma sequência de raios estalando sob o solo, partindo pedras e criando rachaduras, acertando Banette que resistiu ao ataque.

“Ainda não sofreu o suficiente! Vou acabar com você e achar alguém melhor” Debochou.

“Não é você que decide o quanto eu sofri! E vamos acabar com isso, darling!” Dazzling devolveu.

Determinada a morrer lutando, a esquila avançou com as membranas de pele brilhando num tom azulado e fortificadas pelo vento, acertando a oponente com uma placagem e em seguida tomando distância.

Anna corrompeu o ar com particulas sombrias e batendo suas mãos contra o chão fez uma garra se erguer capturando a esquila no meio do ar e a pressionando no solo, Dazzling sentia seu corpo ser esmagado, de seus olhos lágrimas saíram, sabia que tinha feito tudo ao seu alcance.

Não era muito, mas estava orgulhosa de ter tentado.

Uma raiz se ergueu sob o solo perfurando a criação de Anna e açoitando-a com força, mandando a fantasma diretamente para o chão, surpresa com o que havia acontecido a boneca observou o Rei Horten e a Rainha Théa ambos lado a lado de mãos dadas.



“Solte-a! Ela esta sob domínio do reino grass!” A voz do Rei foi ouvida por todos.

“Querem mesmo que eu acredite nessa fachada? Vocês destestam perdidos tanto quanto o Nezly!” A Banette retrucou levantando-se, sentia sua energia ficar mais fraca.

A Rainha Théa juntou as mãos em oração e soltou feixes azulados sob o solo fazendo nascer um gramado verde de onde folhas ergueram como navalhas em direção a boneca e cada gramado tornava-se um chicote segurando as mãos da invasora.

“Não! Me soltem! Eu não serei presa por ninguém!” Anna gritava sem conseguir se soltar, seu poder não era suficiente.

Horten armazenou seu poder criando uma esfera verdejante a sua frente dando vida a uma espiral de folhas que se intensificava a cada rotação para virar um vórtice, o ataque fora enviado prendendo a fantasma dentro dele, ela sentia sua pele ser lacerada pela vegetação e mal conseguia abrir os olhos.

“Não...ninguém pode me dizer o que fazer! Eu...eu não vou ser parada por isso...não de novo o meu destino não vai ser definido por ninguém!” Anna gritava dentro da prisão de grama.

Os dois monarcas ergueram uma esfera de pura energia solar absorvendo as particulas de poder que possuíam e planejando atirar apenas um raio para finalizar com a ameaça, em alguns segundos tudo estaria acabado e a vida no reino voltaria ao normal.

“Não...eu consigo...eu superei Lunaala sozinha para estar aqui! Ninguém me ajudou quando a noite inteira ficou contra mim, mas naquela noite eu ganhei uma dádiva e vou mostrar a todos o que ela pode fazer!” Banette gritou e a joia em sua testa brilhou com mais força.

A joia em formato de gota emitiu um grande pulso de energia, ela a sentiu por todo o seu corpo, uma energia cromada envolveu os espectros que ela criava e ela sentiu seu corpo clamar por algo ainda maior, seu sorriso se abriu novamente e dessa vez os chicotes de grama não foram suficiente para os parar.

Com um abrir de seus braços liberou energia o suficiente para destruir o tornado, o cristal em sua testa brilhou ainda mais quando centenas de braços espectrais subiram até os reis agarrando ambos e os prendendo numa prisão de sombras.

“Eu não serei parada por um reino governado por pokemons que não sabem o que fazem! Vocês não tiveram coragem de educar a própria filha para ela ter um pensamento próprio, foram covarde desde o inicio!  Aceitaram todo o tipo de coisa dentro desse lugar sem nem pensar se era bom ou ruim! Eu consigo ver tudo o que sentem pelas minhas sombras, agora poderei dar um fim digno a vocês” Anna ditou cada palavra enquanto comprimia a esfera com seu poder mágico.



No núcleo da esfera fantasmagórica, os dois monarcas permaneciam juntos, suas memórias eram revividas, não sabiam se era sua consciência ou se de fato eram os poderes da boneca os forçando a sofrer tudo que podia.

Aos poucos as sombras tomavam forma.

“No fundo ela tem um pouco de razão, nós deixamos isso acontecer com o nosso reino, aonde pensávamos que iriamos chegar sem assumir algum posicionamento, por nós mesmos, pela nossa filha ou pelo que defendemos...n-nós pensávamos que estavamos protegendo o reino, quando só adiamos o inevitável...não tivemos a mínima força para parar esse ataque!” Théa desabou ajoelhando-se na escuridão junto ao marido.

“Não tinhamos como saber! As pessoas contam que foi assim que sua avó continuou viva e ela era uma das guerreiras...como poderíamos fazer as coisas de um modo diferente?...fizemos o que achamos melhor para a sobrevivência de todos...e durou por basante tempo até...” Horten tentou confortar a esposa, mas nem ele mesmo possuía mais alguma fé em si mesmo.

“Devia ter tentado seguir um pensamento diferente...criamos nossa filha sem permitir com que ela se expressasse...ensinando algo que nem nós mesmo compreendemos!” Théa agora chorava junto ao marido.

“Os únicos momentos em que a vi feliz e conseguindo ser mais do que a sombra que a criamos para ser...” Horten dizia e ambos sentiam que compartilhavam a mesma escuridão em suas almas, a cada momento a esfera parecia comprimir-se ainda mais.

“Foi com aqueles perdidos” Os dois falaram juntos e então perceberam o que fizeram: haviam deixado Seraphine sozinha.

“A conexão com o sistema de raízes!” A Rainha lembrou-se.

“É ativado de forma remota, precisamos fazer isso para tira-los daqui e ajudar nossa filha!” Théa ditou determinada.

“Tem certeza que conseguiremos daqui meu amor,..” Horten perguntaria, mas viu a certeza nos olhos da esposa.

Ambos deram as mãos novamente, encostando a testa um no outro e emitindo um pulso de energia, esferas de luzes surgiam ao redor e eram rapidamente suprimidas pelas sombras que os cercavam, mas ainda assim, os Reis não desistiram só precisavam fazer com que um pulso de aura saísse e ativasse o sistema.

“Sinto que chegou a hora de acabar com isso!” Banette girou sorrindo e uniu ambas as mãos, a jóia em sua testa brilhou fortemente criando veias de energia na prisão sombria e em seguida explodiu com ambos os pokemons que havia ali dentro.

No entanto, um pulso de energia vegetal escapou no momento da explosão e contagiou o solo servindo para ativar o sistema de raízes da cidade, o solo inteiro iluminou-se num tom verde soando quase celestial, agitando o sistema de raízes abaixo da cidade e todas começaram a se erguer destruindo casas e revelando o interior do reino: era uma medida de segurança final.

Frosty e Bubble possuíam dificuldades para lidar com as duas lhamas, haviam sido atingidos e embora tivessem vontade de continuar seus corpos estavam chegando no limite e não conseguiriam saber qual seria o resultado da batalha.

“Isso vai acabar agora!” Eipty trovejou com suas mãos lotadas de energia.

Quando uma enorme raiz rasgou o solo levantando-se e envolveu os dois pokemons em segurança transmitindo a eles os pensamentos dos monarcas.

“Lamento, nós mal sabemos seus nomes, não ha esperança para o reino grass, mas existe esperança para vocês e para Seraphine, desejamos mais sorte para vocês e por favor ajudem-na”.

“O-O que?” Bubble se perguntava sem entender.

Frosty viu outras raízes se erguerem transportando Dazzling, Twilight, Davi, Skywinny e Katie em segurança e não havia nenhum sinal dos reis, apenas uma boneca fantasma recuperava suas forças para continuar até o cristal Grass que agora havia sido conquistado.

“Eu acho que acabou...o Rei e a Rainha...” Frosty não conseguiu continuar, haviam perdido de novo, no entanto enquanto era transportado em direção a floresta do sussurro conseguia ter uma visão total do reino grass.

Um local onde antes florescia a vida, agora totalmente destruído.

“A-As coisas vão melhorar...elas precisam melhorar! Eu estou com você, Frosty” Bubble assegurou e ao invés de repelir as palavras do pinguim, a fuinha as aceitou desesperadamente.

As raízes o deixaram na floresta do sussurro, fechando a entrada do local, aparentemente foi pensada para ser usada como rota de fuga caso algo terrível acontecesse com o reino.

Frosty estava cansado e totalmente esgotado, havia um grande ferimento em suas costas que ele mal percebera.

Bubble sentia seu braço repuxar e a dor em sua cabeça mal o permitia enxergar.

Skywinny mal se aguentava em pé ainda sentia suas asas queimarem

 Dazzling respirava com dores por todo o corpo sem conseguir se mexer.

Twilight ainda estava inconsciente.

Davi possuia ferimentos no corpo, mas ainda consciente assim como Katie que estava cansada da batalha.

Seraphine surgiu ao escutar o barulho de todos chegando, levando as mãos na boca e com lágrimas nos olhos.

“O-O que aconteceu? O-Onde estão os meus pais? P-Porque eu não pude fazer nada!” A princesa se perguntava e ao mesmo tempo sentia uma presença inspirando toda a floresta, ao virar-se para o lado todos os seus amigos já não estavam mais acordados.

Notas Finais: Bem, eu espero que tenham gostado e que estejam prontos para a segunda parte desse especial que sai em breve.

Capitulo 22 e 23: Seraphine Out of The Woods

Notas Iniciais: Bom acho que vou falar mais nas notas finais, eu só espero que gostem desse capítulo xD. Capitulo 22 e 23: Seraphine Out of ...