segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Special expansão, Capítulo 17: Poder Voar

 Notas Iniciais: Bem, assim como o anterior, esse capítulo também é mais curto e uma espécie de trailer de um próximo personagem, e bem eu espero muito que gostem, esse deu muito trabalho xD.



Special expansão, Capítulo 17: Poder Voar!

(por favor coloquem em looping caso queiram)


“Avançar ofensivamente ou retroceder em guarda? Sacrifico vidas em prol de uma guerra ou salvo os entes queridos desse povo assim como gostaria de ter feito...” Edward, o Gliscor rei do reino Ground segurava um documento entre suas pinças, fitando-o com um semblante indeciso.

O morcego encontrava-se na sala do trono, completamente vazia com uma fraca iluminação vinda de algumas tochas acesas em estruturas distribuidas por todo o cômodo, ainda assim as chamas pareciam fracas contribuindo para a escuridão ali presente.



“Como pôde fazer isso comigo!? Eu não sei se consigo tomar essa decisão...” O Gliscor comentou olhando para a mesa de reuniões em formato de meia lua.

Em cima dela um amontoado de mapas com estratégias de guerra, para avanço tático, relatórios sobre mantimentos e condições da batalha, todos pedindo para receber o aval do Rei que neste momento concentrava todo o seu esforço em manter seu corpo imóvel, pois caso não o fizesse tinha a sensação que despencaria sob o chão.

Sentia o peso de todos aqueles pokemons contando consigo era demais para suportar e por um pequeno momento se permitiu fechar os olhos, na escuridão tudo parecia bem para ele,  desavisado foi atingido por uma memória que logo iluminou toda a sua mente:



Um pequeno gligar lançava um olhar para o teto, perguntando a si mesmo se conseguiria chegar ali em cima.

Estava no andar considerado o meio do famoso castelo invertido do reino Ground, sua arquitetura era projetada para que a parte de cima se assemelhasse com o que se esperava da base de uma construção enquanto a sala do trono possuía o formato do pico de uma torre.



“Edward, meu filho, hoje você vai iniciar uma caminhada muito importante para o reino que vamos construir juntos, a verdade é que somos o povo da terra e tudo neste mundo devia ser nosso por direito uma vez que o próprio solo se curva ao nosso poder” O Rei Amyr começou seu discurso erguendo sua pinça.



“Então, porque preciso tanto aprender a voar se o meu poder esta na terra?” O pequeno Edward perguntou inocente, o morcego depositava grande confiança em seu pai e em seu olhar, o pai era tudo que gostaria de ser.

“Os outros povos que vivem nesta terra são egoístas demais para entender isso, e os Reis anteriores não foram capazes de se adaptar ao mundo por manterem sua visão presa na terra, nós somos diferentes: podemos voar” O Gliscor disse traduzindo seus pensamentos como maravilhas para o seu filho.

O puxou para o seu lado e o abraçou com um de seus braços, ergueu o outro braço e concentrou poder em suas pinças emitindo uma energia para manipular a terra, um estalo era ouvido enquanto a terra se curavav a vontade de Amyr abrindo círculos em cada um dos 2 andares seguintes criando uma passagem para o ponto mais alto daquele castelo.

 “Você sabe como o Rei do Reino Ground é escolhido, certo?” O Rei perguntou ao filho com um olhar terno.

“Sim, o senhor me ensinou faz anos, todo pokemon nobre e abençoado pelo cristal caso queira ser rei, deve competir em uma luta de todos contra todos, onde o vencedor levará a coroa” A criança disse orgulhosa do seu aprendizado.

“Muito bem, e esse é o detalhe mais importante de todos, meu filho. Todos os pokemons dessa luta vão saber controlar a terra muito bem e se for perder seu tempo testando suas habilidades totais contra cada um deles você vai morrer bem antes do fim da batalha”  O Rei explicou deixando o pequeno com uma expressão curiosa.

Ele coçou a cabeça com sua pinça, e então perguntou:

“E o que o senhor fez quando foi a sua vez?”.



“Fiz o que estou tentando te ensinar, os pokemons Ground tem em seu inconsciente um medo de pensar no céu e em como a terra não é apenas o solo em que estamos pisando, ela também é a poeira que o solo carrega, construções de terra que possibilitam um deslocamento maior e foi por isso que nascemos com nossa principal vantagem: a capacidade de voar” O Rei explicava.

Conforme suas palavras saíam, ele movia seus braços moldando a poeira presente no ar criando bonecos e fantoches que davam ainda mais formas para seus pensamento e o pequeno Edward obversava tudo como se assistisse a uma peça, divertindo-se muito no processo.

“Que incrível, papai! Você é o mais incrível de todos! Eu o amo tanto” Edward sorriu e saltando para frente envolveu o pai num abraço caloroso.

Amyr não teve mais concentração para manter o show de bonecos, e retribuiu o abraço do filho sorrindo e o beijou na testa, sentia-se feliz por ver toda a admiração dele por seu trabalho, fora solitário sustentar seu reinado por todos esses anos, mas aquele pequeno gligar transformara seu reinado solo em algo que ele gostaria de compartilhar com o filho enquanto tivesse tempo.



“Você gostaria de aprender a voar?” O Gliscor perguntou com o rosto colado ao do seu filho.

“Claro que sim! O que tenho que fazer?” O pokemon terrestre perguntou roçando seu rosto no do pai e em seguida soltando-se.



Afastou-se um pouco dele, abrindo os braços e pulando para cima desejando voar imediatamente fazendo o pai gargalhar.

“Calma, Calma, bem eu vou primeiro e você me acompanha, tudo bem?” O mais velho perguntou ao outro que assentiu.



O Rei respirou fundo e saltou com suas asas recebendo bem a fraca brisa que entrava pela janela e indo com ela, ele deu giros lentos no ar para mostrar mobilidade e confiança ao garoto que sentia como se fosse uma simples brincadeira.

Edward flexionou os joelhos e enjireceu o corpo.

“Não precisa estar tão tenso Edward, lembre-se, é pra ser algo leve” O pai alertou.

O pequeno lembrou-se dos bonequinhos rodopiando no ar, era o que desejava agora e mal percebeu quando abriu os braços deixando-se levar com a brisa, com seus olhos acompanhava seu pai.



Com ele ali não era dificil, os dois então embalaram numa dança divertida nos ares, onde um imitava as poses do outro em meio ao ar e a sincronia era tanta que passavam pelas aberturas dos andares e mal se davam conta.

“Papai isso tudo é muito divertido! Eu adorei voar” O Gligar sorriu satisfeito.

“E você voa muito bem meu menininho! Mas agora quero que preste bem atenção na visão que estamos tendo” O Gliscor apontou para o horizonte.

“Consigo ver...o horizonte...é tão bonito!” O garoto disse.



“Não apenas isso, mas é a nossa vista, a vista que a terra proporciona, a vista que devemos conquistar por direito, nós vamos trabalhar juntos para este reino se expandir e eu e você estaremos lado a lado com essa terra” O Rei prometeu segurando a mão do filho.

“Sim, Papai! Espero que todos os pokemons do nosso reino também entendam que nós da terra também temos nosso próprio jeito de voar!” O filho concordou sorrindo.

 

Passado alguns anos, era tarde da noite, um Gligar ansioso andava de um lado para o outro na sala do trono, um cantor que defendia os perdidos de repente iniciou um atacante surpresa.

“Atacar um dos 5 grandes reinos? Onde já se viu? É a oportunidade que esperávamos para conquistar o que é nosso por direito! Vamos lutar até o fim!” Foram as palavras de seu pai antes de lhe deixar para lutar uma batalha.

Convocando cidadãos as pressas e os levando para uma batalha, numa “oportunidade expansionista” como ele chamava, Edward passara os últimos anos trabalhando para conseguir fazer com que o povo entendesse o que era voar, entretanto seu pai parecia mais preocupado em conquistar ainda terras que não possuia do que permitir com que os pokemons conquistassem o próprio céu.

As portas se abriram e um Sandslash, o guardas principal do palácio, entrou de súbito e ele trazia consigo uma expressão perturbada, parecia não saber o que pensar e ao mesmo tempo estava assombrado.

“Lamentos muito senhor Edward, isso é tudo que restou do seu pai, a frente de batalha sofreu um ataque e agora precisamos tomar uma decisão: atacar ou retroceder” O Sandslash informou.

“O-O que? C-Como assim?” Perguntou engasgando com a própria saliva.

“A maioria dos nobres morreu, eles não pretendem lutar pela coroa e como você é filho dele, você é o Rei, vou lhe dar alguns minutos, mas preciso dessa decisão para irmos ao campo de batalha, pois muitas vidas podem ser perdidas caso demore” O guarda colocou uma das presas do Rei Amyr nas mãos do gligar e saiu da salo.

Agora o mais novo rei estava sozinho segurando o único resto de seu pai e um documento.

...



“Eu trabalhei...eu trabalhei por anos no nosso reino! Você me disse que iriamos construir um reino juntos e eu acreditei! Agora que tipo de reino é esse?” O Morcego gritou caindo de joelhos.

Deixou o documento cair no chão e levou a presa de seu pai ao peito.

“Eu queria fazer os pokemons serem capazes de voar! Eu falava disso todo dia! Se soubesse o quanto uma batalha valia mais do que o nosso reino eu o teria parado!” O príncipe agora Rei soluçava tentando se manter estável.

As lembranças boas que tinha do pai agora davam espaços as falas realistas, o Gligar entendera as palavras dele e o que ele pretendia, nunca foi sobre ensinar a voar, sempre fora sobre conquistar.



Apertou a presa de seu pai com força e sentindo uma energia iluminar seu peito, ele gritou mais uma vez antes de ser tomado por todo o brilho, seu corpo mudou, sua forma tornou-se maior, suas asas o suportavam com mais facilidade e sua cauda dobrara de tamanho, a presa de seu pai sumira e agora Edward tornara-se um Gliscor.


Com o documento em mãos, ainda imóvel, assimilava tudo o que havia acontecido,


“O senhor me criou para pensar exatamente como você, e eu acredito que até pensei por um momento...eu sinto tanta vontade de continuar o que começou...de continuar o nosso reino...mas isso me machucou muito e eu não posso seguir, chega de ataques até que tenhamos condições para isso, vamos apenas nos defender!” Decidiu o morcego quando uma última lágrima escorreu de seu olho.

Notas Finais: Bem e com isso chegamos ao fim desse especial, and estou feliz que tenham conhecido mais dois personagens que adorei criar, espero que eu consiga mostrar mais deles e dos outros kkk vou torcer pro próximo capítulo vir logo xD.

Special Expansão - Capitulo 16: Os Sobreviventes do Inverno!

 Notas Iniciais: bem, eu acho que não vou me desculpar pela demora de novo, continuando a história hoje teremos uma expansão de perspectiva com esse pequeno especial de doís capitulos, focados em dois reinos um pouco distantes do Reino Grass, local onde Frosty e seus amigos estão agora. Esses capítulos funcionam como uma espécie de trailer dos dois novos personagens e também ambientam mais a respeito do funcionamento de dois reinos importantes para a história.

Special Expansão Capitulo 16: Os Sobreviventes do Inverno!



Sul de Chromaticah: Reino Ice.

As terras congeladas de Chromaticah enfrentavam uma guerra civil que divia o Reino pela metade:

De um lado os nobres eram aliados com a causa de Nezly e detinham metade daquele território além da maioria das grandes construções e recursos de sobrevivência básica como os alimentos já do outro sustentado por barricadas construídas com grande empenho, com grande escassez de recursos e ainda assim lutando pela vida estava a resistência que detia o cristal do reino.

Um pouco afastada das barricadas estava uma pequena comunidade provisória, onde a resistência se abrigava, iglus haviam sido erguidos para manter ali a população que se revesava monitorando um ponto de observação sendo agora o turno de algumas smoochum’s.



Por entre as ruas improvisadas um Snorunt corria arfando em direção a um dos iglus rente aos postos de observação, suas patinhas quase não aguentavam a velocidade em que corria, precisava alertar o lider da rebelião, chegando em frente a moradia com uma porta feita de gelo costumizado e paredes brancas com uma pequena bandeirinha num tom azulado fraco.

Deu três batidas na porta.



“Blitz, o posto de observação fez a vistoria e determinou que esse é o momento para atacarmos, o estoque de comida esta acabando e não teremos como aguentar uma frente de ataque com todos morrendo de fome” Artic o Snorunt informou ouvindo alguns gemidos de protesto de dentro do local.

“Hrm...já vai...eu também não queria parar gente...mas tenho trabalho a fazer” Era o que o ajudante ouvia rente a porta.

“Bem, obrigado por virem Aurora e Glacius a tarde estava...ótima com vocês aqui” Agradeceu assim que a porta foi aberta.

Uma Amaura um tanto quanto envergonhada saiu da casa de cabeça baixa enquanto Glacius o Cubchoo fez o pequeno pokemon ice prometer que ele nunca o vira na casa de Blitz, após alguns instantes um pássaro com penas avermelhadas e brancas saiu, sua cauda branca levitava atrás de si como um saco.



“Artic, você chegou bem na hora em que as coisas estavam esquentando! Glacius bem que tenta disfarçar, mas sei bem do que ele gosta...” O Delibird comentou orgulhoso de si mesmo.



“S-Senhor!” O Snorunt comentou desconcertado.

“Vamos lá Artic, até parece que você é santo e pensando bem...você até que é bonitinho ein, toma cuidado” Blitz comentou com a mão no queixo lançando um olhar cheio de segundas intenções.

“Senhor! Precisamos focar no que é importante para a missão!” O pokemon chapéu de neve comentou envergonhado, no fundo havia gostado da cantada.



“Eu sei, eu sei, operação de comida, chame os outros dois que vão me acompanhar do posto e vamos começar” Disse em seguida mudando o tom de voz, o Delibird era apenas dois anos mais velho que Frosty e os outros, mas já possuía muita experiência de vida.

Em pouco tempo ali estavam o esquadrão que sairia em missão: Blitz, Carla a Vanilite e Ruely a Snover, todos os 20 pokemons daquela rebelião reuniram-se no centro daquele acampamento.

Blitz era o lider daquele movimento e como uma unidade de resistência fazia questão de gerir o lugar num grande senso de comunidade, onde todos pudessem fazer sua parte e colaborar para o andamento do combate, desenvolvera seus métodos de comando conforme fora crescendo em meio a essa realidade.



“Conforme passamos avisando nosso estoque de alimento esta acabando e portanto nessa tarde realizaremos uma operação para garantir mais, todos sabem sua função?” O pokemon perguntou.

“Tem algo a organizar hoje, Blitz?” Glacius o cubchoo perguntou com sua pose de durão, coisa que o Delibird adorava ver.

“Claro, precisamos urgentemente fazer um balanceamento nas roupas e recursos de decoração, não é só porque somos resistentes que não temos dignidade” Blitz o respondeu.

A Amaura que saira da casa do pássaro adolescente também não fazia contado visual com ele, as duas smoochum no entanto pareciam bastante interessadas em trocar de posto.



”Ai Blitz como senão tivessemos coisas mais importantes para nos preocupar” Carla comentou revirando os olhos e arrumando a cobertura de neve em sua cabeça.



“Qual vai ser a estratégia que vamos utilizar hoje?” Ruely perguntou, a Snover desenvolvera grande habilidade para estratégia com o passar do tempo.

“Agora que você perguntou...eu não tenho certeza, o que você sugere?” O pássaro vermelho devolveu a pergunta e os olhos da pokemon árvore de gelo brilharam.

“Acho que seria interessante tentarmos uma estratégia mais furtiva que vim desenvolvendo, assim podemos poupar mais energia caso eles ataquem em retaliação” Comentou a Snover.



“Parece ótimo não é? Agora vamos porque quero chegar e assistir a partida de pokemon Unite na televisão! A Sylveon prometeu lacrar muito no twitter hoje e...”

“Onde você conseguiu dinheiro para comprar uma televisão, Carla?” Blitz perguntou.

“Se bem me lembro, estava faltando verba para o material da construção de iglus...” Ruely comentou.

“Gente pra que juntar dinheiro pra construir iglus, nós somos literalmente pokemons de gelo!” Carla respondeu se defendendo.

Os três pokemons então iniciaram sua partida para o outro lado, deixando Glacius contando e descartando roupas e decorações da unidade que ou estavam desgastadas ou deixavam a comunidade feia, contando com a ajuda de dois Eiscue que davam suas opiniões.

As Smoochum trocaram de posto com alguns Sandshrew enquanto isso descansavam aproveitando um momento aproveitando o local enquanto alguns outros esgueiravam-se para assistir televisão clandestinamente na casa de Carla.

“Mantenha tudo funcionando, ta bem, Artic? Eu confio em você!” O Delibird confiou ao ajudante.

“Não se preocupe! Boa sorte, senhor” O Snorunt desejou sorrindo.

 



Em meio a uma feira, um Beartic dominava o local com cinco barraquinhas onde expunha seus produtos.

Possuindo de bagas cozidas até congeladas em modos diferentes e por mais tempo para alterar a textura e os nutrientes para os Pokemons locais, tais como iguarias pedidas diretamente do reino Fire e apreciadas por pokemons Ice com uma dieta alimentar mais ousada, uma vez que os nutricionistas locais não fossem de acordo com o consumo de Lava Cookies liberado dessa forma.



“Bom dia, seu Osnácio, o que vai querer hoje?” O Beartic perguntou.



“De verdade eu gostaria que o sistema político caísse de vez junto com aquela resistência, mas no momento eu vou querer apenas algumas bagas congeladas por mais ou menos meio dia, vi uma receitinha que hmmm parece uma delicia” O Glalie enfim pediu.



“Tudo certo, já vou arrumar pro senhor, mas me conte qual a receita? É fácil de fazer?” O urso perguntou interessado enquanto colocava as bagas em uma embalagem personalizada com o rosto do Beartic sorridente.



“E muito, primeiro você vai colocar um pouquinho de azeite de gelo do tipo 3 numa panela e deixar esfriar em gelo médio por uns 5 minutos...” Osnácio contava gesticulando mesmo que não tivesse mãos.

Enquanto conversava com o senhor, o vendedor notava a nuvem gélida ser encorpada de forma quase imperceptível, onde o tom acizentando do local caia cada vez mais se adaptando perfeitamente a visão do Glalie que não notava o que acontecia.

E com uma movimentação astuta, o Beartic pegou a sacola com as bagas puxando o senhor com seu braço direito e o protegendo para em seguida tomar um impulso saltando para fora da tenda bem a tempo de um grande pedaço de gelo cair sobre ela e a reduzir a pó.



“O-O que é isso? E-Eu-e-e-eu...” O Senhor começou a balbuciar.



“Não se preocupe, mantenha-se em silêncio e eu prometo que tirarei o senhor daqui” O urso o tranquilizou tentando perceber o que ocorria.



Olhava ao redor tentando desvendar de onde vinha a nuvem de granizo, mas então percebeu não se tratar de granizo e sim de uma nevasca, um vulto saltou por entre os tetos das barracas arrastando consigo uma chuva de placas de gelo que despencavam em avalanche causando uma ventania fria no local.



O beartic abraçou o senhor e dando cambalhotas para melhorar a mobilidade desviava dos pedaços de gelo, segurando Osnácio com o braço direito e disparando um potente soco com um esquerdo para quebrar o gelo.

“Inteligente. Atacaram com uma névoa ao invés da tática usual de granizo, confesso que é preciso grande conhecimento para distorcer a visão dessa forma, mas levando em conta que para isso é preciso uma posição central bem fixa...” Beartic comentou olhando para uma barraca vazia localizada no meio da feira, onde uma silhueta de um sorvete misturada a névoa podia ser vista.



Respirando fundo passou a converter o ar em sua garganta, notando ruídos ao seu redor onde raízes cresciam pelo solo buscando imobiliza-lo, entretanto o vendedor experiente saltou e disparou uma rajada de vento em sentido contrário acertando em cheio a esfera de névoa tecida por Carla suspendendo a visão embaçada.

“AGORA!” Gritou o Beartic erguendo um punho para o alto.

Um grupo de 6 castform surgiram das três ruas que davam acesso aquela feira criando esferas feitas de puro gelo e soltando-as, uma das duplas soltaram seus poderes contra três barracas no canto inferior do espaço público jogando ao ar Ruely com as raízes que havia crescido.



Carla desviara da investida inimiga criando um amontoado de luz e o jogando ao alto para disparar uma sequência de flashes para permitir que ela escapasse do local.

“Inferno! Como falhamos dessa forma, foi nossa operação mais tática?!” Blitz perguntou saltando em meio ao ar e levantando voo.



Os castform preparavam-se para atacar novamente, o Delibird girou invocando do seu interior uma aurora reluzindo em todas as cores, girando para criar escudos ao redor das duas aliadas as protegendo daquele ataque.

“Senhor Osnácio pode seguir por essa rua e não se preocupe, se puder me traga um pouco da receita” O Beartic sorriu amigável.

“Vou trazer sim, muito obrigada!” O idoso também sorriu.



“Foi um prazer, agora acho bom você se preparar seu ladrão desgraçado” E com um salto, seus braços tornaram-se duas clavas acertando o rebelde em cheio e o mandando pelos ares.



“Espero que goste dos presentes que peguei!” A ave sorriu encontrando seu ponto de equilibrio no ar e girando expandindo sua cauda e criando a ilusão de vários presentes ao redor do urso.

E conforme movia seus braços, os presentes rumavam contra o oponente que desviava como podia.

Os dois Castform soltaram uma nevasca acertandoi Carla e a jogando próxima de Blitz, no entanto esta se recompôs criando uma proteção e ficando próxima a ele.

“Vamos pegar pelo menos um deles!” Um dos Castform sorriu fazendo seu corpo brilhar e um vendaval de neve surgir ao seu redor.



Ruely fez crescer raízes em seus braços transformando-as em chicotes e tentando afastar seus oponentes os chicoteando, mas de nada adiantava resistir, cerrando um dos punhos ela socou um dos espiritos do gelo o mandando longe para em seguida ser mandada contra o chão por outro deles.

“Vocês precisam fugir! Tragam reforços!” Ruely gritou desesperada, pois Beartic entrara na batalha contra ela.



“Não podemos deixar você! Vamos sair juntos!” Carla frizou atirando estalactites contra os oponentes, as utilizando como defesa e ataque enquanto Blitz erguia uma barreira feita de aurora;

“VÃO AGORA!” Ruely gritou criando uma armadura de raízes ao seu redor e jogou-se contra seus oponentes.

“N-Nós precisamos ir, é nossa única chance senão ficaremos os três aqui, é díficil, mas é o que podemos fazer” O Delibird decidiu com pesar dando meia volta e iniciando sua fuga junto do sorvete.

 



A neve caía em um sopro poderoso caindo sobre o chão e açoitando os dois rebeldes que corriam em desespero em busca de respeito, Carla com os olhos marejados vendo suas lágrimas se transformarem em pequenos cristais.

“Ruely e eu entramos na resistência em busca de maiores oportunidades, buscando aquilo que nossos pais queriam de melhor para nós, eles não concordariam com essa palhaçada...” Carla falava sem se importar.

“Ela era-é uma grande estrategista, o modo como ela se posicionava em batalha sempre me impressionou, vou voltar para salva-la!” Blitz gritou sentindo-se desconfortável com aquela situação.

Ao se aproximar da base da resistência viu de relance uma bandeira tremulando ao vendo e estampada nela estava o ícone da capa do último CD de um certo Mr Rime e duas Lhamas gêmeas encontravam-se no meio do local rendendo os outros.

Uma delas virou-se e com um tiro psíquico acertou Carla, perfurando seu corpo e a fazendo cair ao lado do pássaro, Blitz agora via tudo ruir e nada fazia sentido naquele momento.

“Vejo que chegou bem a tempo de ver seus amigos pela última vez, francamente, foi tão fácil tomar isso que nem acredito que passamos meses lutando em pé de igualdade” Eipty falou sorridente com seu objetivo.

“Veja Veja o que pegamos! É o seu cristal!” O outro Indeedee exibiu o cristal guardado pelo rebelde por meses como se fosse um simples brinquedo.

“Mas como?...” Perguntou-se num tom baixo captado pela telepatia da lhama.

Ela estendeu um dos braços e conforme seu comando o Snorunt moveu-se caminhando a passos lentos parando na frente da vilã e assumindo uma expressão preocupada, falou com o mesmo tom de voz que usara mais cedo:

“Blitz, o posto de observação fez a vistoria e determinou que esse é o momento para atacarmos, o estoque de comida esta acabando e não teremos como aguentar uma frente de ataque com todos morrendo de fome” Cada palavra acertou o Delibird como se fossem facas, seu melhor amigo havia sido controlado e ele mal notara isso.

“Lançar o feitiço de controle hoje foi uma das coisas mais fáceis que já fiz, mal teve resistência, armamos o circo com o Beartic prevendo o ataque que fariam e agora tudo que resta é finalizar você” A Indeedee sorriu preparando seu ataque.

Caindo de joelhos sob o chão gelado, o pokemon de gelo não acreditava no que acontecia diante dele, já havia perdido tanto e lutava dia após dia com todas as forças para não perder o que construirá com aqueles pokemons, para manter os pequenos iglus e o laço que se formara em torno daquela comunidade.

Agora tudo havia ido embora em um piscar de olhos.

Lembrou-se de seu pai, o dia em que ele o abandonara marcando o dia em que ele havia decidido não deixar ninguém chegar perto o suficiente para não sentir aquilo novamente, mas agora aqui estava ele ainda pior do que da primeira vez que se vira sozinho em meio a neve.

“É por isso que eu não deveria ter deixado ninguém se aproximar” Blitz sussurrou para si mesmo.

A mágoa tornou-se um poder criando uma corrente fria e açoitando os psíquicos com grande violência, o vento dançava conforme os sentimentos de dor martelavam seu peito sendo capaz de congelar até mesmo as paredes destruídas dos iglus.

“Droga! Não vale a pena nos desgastarmos tanto por isso, já temos o que queremos, vamos embora” Eipty determinou e num flashe sumiu com os prisioneiros em um teleporte.

A nevasca cessou e Blitz encontrava-se deitado em uma imensidão branca, sentindo-se vazio, sua resistência caira, seu reino não o aceitava, seu pai o trocara por esperanças de uma vida melhor, sua mãe não estava mais aqui para responder a pergunta que se formou em sua cabeça:

“Sou um sobrevivente desse inverno, e agora para onde vou?”.

Notas Iniciais: qual será o papel de Blitz no meio de toda essa história? 

 

Capitulo 22 e 23: Seraphine Out of The Woods

Notas Iniciais: Bom acho que vou falar mais nas notas finais, eu só espero que gostem desse capítulo xD. Capitulo 22 e 23: Seraphine Out of ...