sábado, 11 de dezembro de 2021

Capítulo 18: Um Dia no Reino Grass!

 Notas Iniciais: Olá gente, finalmente temos um novo capítulo de Chromaticah e este em especial é bem importante, neste capítulo poderemos ver várias situações que acontecem dentro do reino grass com nossos queridos personagens, espero que gostem <3

Capítulo 18: Um dia no Reino Grass!

Começando o dia Davi fazia sua vistoria diária nas plantas que usava como decoração da sua sala principal, após uma manhã produtiva de faxina ele trocara a coloração das flores para algo próximo ao pôr do sol em tons de vermelho, laranja e um meio termo entre ambas.



“Vocês parecem ótimas essa manhã, garotas! Vamos cuidar para que continuem assim” Davi sorriu para as plantas ao seu redor, conseguia sentir a qualidade dos seus nutrientes.

Ergueu a folha em sua cabeça e esta ressoou em um tom verde pálido fazendo uma aura natural encobrir a sala e fortifica-las contra agentes agressivos externos.

Os dias foram complicados, pela primeira vez em anos sentia que não conseguia  gerenciar a sociedade break, Davi se dedicou nesse projeto moldando o sonho que sempre teve:

Que o conhecimento fosse igual para todos.

E a cada ano que sua sociedade expandia e atingia novos picos, a chikorita se sentia cada vez mais orgulhosa por realizar aquele trabalho.

Mas agora que todo seu segredo fora descoberto seu trabalho parecia ter sido jogado no lixo, tudo que o pokemon verdejante conseguia fazer era manter seu hobby de jardinagem numa tentativa de superar sua crise.

Foi quando o telão holográfico em sua mesa redonda brilhou e emitiu uma notificação sinalizando mensagens de correspondentes de outros reinos, o que o deixou eufórico pela primeira vez em dias.



“Uma mensagem do Reino Ice, será mais reforços para a rebelião?” Pensou alto, ativando o mecanismo holográfico em seu olho.

Em seu rosto surgia um brilho azul tornando-se numa tela que conectava o sistema ao da bancada possibilitando que acessasse as mensagens paralisando ao ler o que acontecera.

“...Blitz teve a resistência atacada...só sobrou ele...como isso foi acontecer! Ele me pediu assistência não faz nem uma semana! Eu deveria ter feito algo!” A chikorita falou surpresa pela informação.

“Preciso mandar uma equipe ajuda-lo! Mas não sei se estou em condições de fazer algo...” Davi pensou sentindo-se limitado.

O sistema notificava mais uma mensagem vinda do reino Ground, mas antes que a chikorita pudesse ver uma batida soou atrás da porta seguida de uma voz:



“B-Bom dia senhor Davi...eu sou o Frosty, desculpe incomoda-lo, mas eu preciso da sua ajuda” Algo naquele pedido soava tão natural que o cientista não conseguiu recusar.



“Pois não? No que você gostaria da minha ajuda?” Davi perguntou ao abrir a porta.

Ficou instigado, já que não havia reparado nada de interessante naquele Sneasel até o momento.

“O Senhor disse que criou sua...empresa?...loja?...enfim para que todos os pokemons obtivessem conhecimento, mesmo sendo um nobre quer realmente incluir os perdidos?” O garoto perguntou sério após entrar no cômodo e reparar na troca de cores.

O cientista achou melhor afastar-se e dar o espaço necessário para que ele se sentisse a vontade e logo lhe entregou a resposta da pergunta.



“Soa quase uma ofensa você me perguntar isso depois do que passamos há alguns dias, mas sim a sociedade break é um movimento que visa igualitar as coisas, eu tive muitos...problemas de adaptação neste Reino e essas experiências me levaram a querer conhecer outras espécies de pokemon que pensassem parecido comigo e enxergar o mundo de uma maneira bem mais vasta” Davi começou a divagar levando seu olhar para um quadro na parede do fundo da sala.

A pintura retratava um broto nascendo de uma rocha, possuia um significado poético, mas o chefe da organização resolvera não falar sobre ele agora.

“Já respondi sua pergunta, então preciso que responda a minha, no que posso lhe ser útil?” Indagou com precisão.





“Eu preciso da sua ajuda para descobrir o que exatamente é isso” Frosty pediu retirando com cautela a razor fang de seu bolso e a exibindo para o cientista.



“Precisa da minha ajuda para identificar uma presa? Sinceramente eu acho que a educação onde você viveu esta bem pior que...” O pokemon grass começou e logo fora interrompido.

“Não é apenas uma presa! Espere, eu preciso me concentrar” Frosty pediu enquanto segurava o objeto com as duas mãos.

Pensou em situações de perigo e de imediato lembrou do fatídico show do Nezly, pensou em toda a população do distrito correndo desesperada, suas alegrias e esperanças reduzidas apenas a um vazio e Bubble ao seu lado...o sentimento de querer proteger algo surgiu em seu peito.



E ao abrir os olhos a presa iluminou-se em sua mão e os dados começaram a baixar em seu corpo, Davi arregalou os olhos não acreditando no que via.

Sua estrutura melhorou e seu corpo aumentou de tamanho ganhando estruturas mais fortes, suas garras cresceram e a pena em sua orelha tornou-se um cocá envolta da sua cabeça e então Frosty agora assumia sua forma de Weavile.

“Ainda é só uma presa pra você?” Perguntou com um tom brincalhão na voz.

“E-Eu nunca tinha visto algo parecido, é algum tipo de tecnologia? Não...não pode ser real! Nem nos laboratórios do Reino Psychic conseguiram desenvolver tecnologias capazes de transformar partes do corpo com tanta perfeição, que dirá uma evolução quase que completa!” Davi sentiu sua curiosidade fervilhando dentro de si e com ela sua empolgação voltava aos poucos.

A chikorita analisava o braço do pokemon e rodeava Frosty tateando com sua folha para analisar a textura da transformação tentando encontrar alguma falha no processamento dos dados  enquanto o pokemon gélido ficava um pouco timido com tanta intervenção.

“Como se sente ai dentro? Alguma diferença?” Perguntou enquanto analisava as penas do cocá na cabeça do pokemon.

“Me sinto mais...confiante, e meus instintos melhoraram, consigo saber onde você está sem nem olhar pra você...e...ah! Também percebo coisas como temperaturas e problemas no terreno” Frosty tentava descrever o que sentia dentro da transformação.

“Então suas capacidades fisicas, reflexos e sensores são melhores ou implementados...que incrível a textura da pele e as estruturas dos músculos foram baixadas no seu corpo como se realmente fizessem parte dele, não tem um erro! Mas para descobrir o que realmente é esse fenômeno vamos ter de começar analisando a própria razor fang como um dispositivo isolado, se você me permitir” O pokemon verdejante pediu estendendo sua patinha.

“Tudo bem, aqui está, mas eu vou poder acompanhar?” O perdido perguntou.

“Claro, agora pode me contar como conseguiu essa...coisa e como você aprendeu a ativar?” A chikorita perguntou e foi até uma das paredes da sala ativando um sensor por comando de voz.

Um leitor infravermelho analisou seu olhar e logo uns barulhos foram ouvidos e um formato de uma porta no chão rente a parede surgiu transformando-se em degraus de escadas que levavam para o laboratório pessoal do chefe da sociedade break.

“Falando a verdade...ela sempre esteve comigo, eu sou...órfão e sempre estive sozinho morando próximo do distrito e desde que percebi que estava vivo eu possuia essa presa como um cordão e ela era a única coisa que parecia ser de fato minha, então decidi carrega-la comigo” Frosty fez uma pausa tentando lembrar-se dos detalhes.

“Os vendedores pararam de me dar comida quando eu pedia e acabei com muita fome, precisei aprender a roubar e nossa foi um desastre! Quase fui pego pelo chefe do distrito que acabou decidindo lutar comigo, estava levando uma surra, quando senti algo diferente até que minha força aumentou, só consegui ver um brilho rápido, pois logo depois já tinha energia, um olhar diferente das coisas e capacidade para fugir dali” Frosty finalizou seu relato, e a realidade de vida daquele menino deixou o coração de Davi um pouco apertado e em virtude a esse sentimento continuou sua investigação.

Colocando a máquina em uma espécie de bandeja, ativou um sensor de leitura em tons de azul realizando a identificação dos dados do objeto, sentando-se em frente ao computador realizando as configurações por meio da tela holográfica.



“O que esta fazendo?” O garoto perdido perguntou.

“Estou fazendo a leitura da energia que esse objeto emana” Explicou o cientista.

Virando-se e vendo que o ladrão não havia entendido, a chikorita resolveu melhorar na explicação:

“Veja, na minha pesquisa eu descobri que os seres como eu e você ou existências como árvores e pedras,somos efeitos de algum tipo de energia e ela varia para cada coisa e pra simplificar as duas principais são Magia e Tecnologia” O cientista pontuou para o pequeno sneasel.

“Tecnologia é a energia capaz de criar bases e sustentação nesse mundo, ela esta presente na formação do tronco das árvores, no meu corpo ou no seu, enquanto a Magia é a essência capaz de gerar um ciclo de vida, por exemplo, as árvores absorvem a magia em suas raízes, as partículas mágicas conseguem influenciar a tecnologia da planta a desenvolver um ciclo de vida” A Chikorita explicou frazindo o cenho para os resultados da pesquisa.

“Mas o nosso ciclo de vida não é diferente do das árvores e das pedras?” O Sneasel perguntou.

“Boa observação, garoto, no nosso corpo acontece algo diferente, ele processa as partículas de tecnologia e magia conseguindo fundir e nós produzimos uma nova energia chamada Aura, ela pode ser identificada de vários tipos por cada corpo por isso existem tantos pokemons com habilidades diferentes” Davi explicou e fez uma expressão terrível para o visor.

“Aconteceu algo?...q-qual o problema?” Frosty perguntou assustado.

“Bem...a frequência que a sua presa emite não se parece com nada que eu já tenha identificado até então” O cientista respondeu impressionado.

Para Davi uma chance de se reconectar com os principios de seu movimento social havia reaparecido, poderia levar conhecimento ajudando um jovem perdido e para Frosty aquilo significava esperança de saber quem ou o quê ele era.

 



Na área de treinamento do palácio, Bubble era vigiado por alguns guardas enquanto praticava manobras melhores de combate, Staravia o observava empoleirada em uma estátua, entretanto não falava nada.

O pinguim refletia sobre o que descobrira sobre seu pai, não conseguia tirar de si o peso de seu título ter sido sustentado por um número incontável de cadáveres, a única decisão que conseguiu tomar foi a de treinar para proteger aqueles por quem lutava no momento.

Encarava um guerreiro de treinamento com um escudo e uma lança, ele movia-se de acordo com a aproximação de movimentos, Bubble moveu seu cajado criando slices de água que logo foram repelidos pelo boneco causando alguns arranhões no escudo.



“O que achou, Skywinny? Sente que esta mais forte que os últimos?” O pinguim perguntou.



“Eu acho, eu sinto que esta bem melhor” A ave incentivou, ainda parecia traumatizada.



“Você acha mesmo que esta fazendo algum progresso, Vossa majestade?” Twilight perguntou saltando no campo de batalha.



“Twilight, eu estou ocupado no momento, então por favor se puder retornar numa outra hora...”



“Treinando sozinho? Não consegue enfrentar adversários de verdade? Porque não chamou a dazzling ou o Frosty pra ajudar você?” O gato disparou de uma vez.

Bubble odiava ser interrompido, ainda mais dessa forma, o pinguim precisou respirar fundo pensando bem no que responderia.



“Você se deu o trabalho de comparecer aqui apenas para me dizer isso?” Bubble perguntou entredentes.

“Aqueles dois ali estão prestes a caírem na porrada, vou chamar os outros para poder para-los” Um dos Guardas Quilladin disse saindo do corredor.

“Claro que não! Não tem mais nada acontecendo nesse palácio, deixa eles brigarem ai nós vamos assistir” O outro respondeu.



“Eu não tinha nada melhor pra fazer, o que acha de subir um pouco o nível desse seu treinamento?” O ladrão do distrito tecnológico perguntou com sua cauda abanando.

Em suas mãos o dispositivo de garras já estava posto, porém o príncipe water apenas virou-se de costas, por mais que quisesse resolveu seguir a razão.

“Não vou batalhar contra você”.



“Isso é o que vamos ver!” Twilight sorriu partindo em direção ao pinguim com a garra dominada por sombras.

Bubble virou-se por reflexo movendo seu cajado criando um escudo de água bloqueando o movimento, desfazendo a defesa em seguida causando um pulso de ar repelindo o felino para perto da parede.



“Já que pediu, eu estava esperando faz muito tempo por isso!” Admitiu o príncipe segurando com força o cetro, o cristal brilhou o fazendo ter a mesma sensação de sempre.



O Piplup levantou sua arma criando uma grande nuvem de chuva fazendo os pingos caírem como balas contra o gato, este desviava deles com facilidade e conforme batia com suas patas no chão tornava-o numa área de sombras envolvendo o adversário e dificultando a visão do pinguim mágico.



“Eu não sei o que o Frosty viu em você! Confiei nele e ele simplesmente me trocou por você!” Bubble gritou aumentando a intensidade do movimento.



Twilight esgueirou-se pelas sombras, sendo atingido por alguns pingos, mas saltando para golpear o principe na barriga o arremessando para longe.

Este conseguiu cair ainda de pé e sem tardar criou duas esferas de água espirrando um jato contra Twilight conseguindo repeli-lo e guardando a outra esfera perto de si.



“Eu não sei o que ele vê em você! Eu deveria ser o suficiente!” Twilight respondeu ativando o dispositivo em suas mãos e tripicando suas patas.

Conforme corria sua sombra desprendiasse do chão ganhando vida ao seu redor como vários clones confundindo o aquático tanto por suas palavras quanto pelo movimento em si.



“O que quer dizer? Ele só conversa e sorri desde que você chegou e me ignora como se eu simplesmente não existisse!” Magoado extravazava seus sentimentos.

A esfera que manteve perto de si tornou-se uma enxurrada, movendo o cetro, criou uma coluna de água mantendo-se elevado graças a ela, usando todo o seu conhecimento manteve mais uma esfera de água perto de si.

Conforme a enxurrada passava, Bubble criava explosões de água como geisers atingindo Twilight e seus clones, para enfim o jogar para o alto enxarcado e pronto para acerta-lo novamente.

“Mas é justamente isso! Ele não me deixa chegar mais perto, mal escuta sobre mim, ele não consegue fazer isso agora e o único que parece ter chegado perto do coração dele é você, eu só consigo arrancar risadas” Twilight admitiu caindo no mesmo ritmo que seus sentimentos.



Não iria perder ali, com suas patas transformadas ele sentiu a energia das sombras em torno de si e retirou do chão colunas feitas de escuridão, conseguindo mover-se por entre elas.

A cada coluna que passasse sentia seu corpo ficar mais rápido envolvendo-se com a energia delas.

Bubble ergueu mais um geiser, mas não foi o suficiente para parar a investida do gato  contra si, usando a esfera conjurada perto de si, o pinguim criou uma barreira no momento em que o gato iniciou seu soco sombrio.

Estilhaçando a proteção do príncipe e o acertando com um pouco menos de potência do que gostaria, Bubble caiu no chão ao lado de seu cetro, suas conjurações de água foram desfeitas.

No alto, Twilight criou mais clones em torno de si, envolvidos por sombras eles desceram dos céus como uma chuva, mas essa o príncipe não conseguiria controlar, como um último recurso pegou o cetro e fez a primeira coisa que pensou.

Traçou um círculo mágico ao redor de si e no momento em que seria atingido uma enxurrada ganhou vida do solo envolvendo ambos e se fundindo com as sombras de Twilight criando uma explosão envolvendo todo o campo e após passar revelou os dois caídos lado a lado.



Diante deles uma figura surgia dos céus, batendo as asas de forma tímida, Skywinny se colocou entre os dois, fazendo seu corpo brilhar em um tom dourado ela abriu as asas envolvidas por essa energia.

Ambos sentiram o poder como um abraço reconfortante em seus corações, penas se desprenderam da ave e envolveram ambos, restaurando a energia que gastaram.



“Sabem, na minha casa costumavamos brigar bastante, extravazavamos com competições de voo e assim que toda a raiva era gasta conseguiamos ver que a resposta era um problema e não alguém para apontar o dedo, ou as asas se preferirem” Skywinny sorriu amigavelmente para os dois.

Ambos permaneceram em silêncio, ainda estavam lado a lado, mantendo seu olhar para cima, e então:

“Eu...comecei isso tudo, me desculpe, estava procurando alguém para descontar minha raiva...sabia que você tinha raiva de mim também, mas ainda assim não foi justo” Twilight começou.

“Pode me contar o ocorrido entre você e o Frosty, tenho a sensação de que precisamos conversar” Bubble admitiu ainda sem olhar para o felino ao seu lado.

A fala do pinguim pareceu encher o coração do perdido do distrito tecnológico e este não conseguiu segurar seus sentimenos que passaram a vazar por suas palavras:

“Eu perdi tudo...vi minha mãe morrer e não consegui protegê-la, eu tentei...eu fugi e acabei sendo preso e tudo que eu queria era ter o controle sobre as coisas mais uma vez! Fugi mais uma vez e os encontrei vindo pra cá e o Frosty pareceu ser tão receptivo...eu confiei nele e abri meu coração” O gato desabafava com algumas pequenas lágrimas surgindo de seus olhos.

“Eu...nunca tinha parado pra pensar tão além no seu lado da história” Bubble admitiu dando espaço para que o outro continuasse.

“Nós conversamos e eu pensei realmente que pudesse ser enxergado como alguém especial para o Frosty, pois ele não falava mais com ninguém além de mim! Entretanto nossas conversas eram todas vazias e quanto mais falava comigo mais ficava claro a saudade da amizade que tinha com você...eu não consegui aguentar e decidi parar de falar com ele e isso me irritou tanto que acabei descontando em você, majestade, me desculpe” O gato encerrou.

“Também me senti amargurado por ser ignorado pelo Frosty e acabei descontando em você, sinto que nenhum de nós três está no melhor estado para falar ou apontar um para o outro então...vamos tentar melhorar apenas nossa convivência por enquanto, que tal?” O Príncipe propôs.

“Sim, acho que da próxima vez devemos começar logo pelo método mais saudavel ao invés de lutar...e só pra constar eu ainda não vou muito com a sua cara” Twilight deixou claro e um sorriso travesso se formou nos seus lábios.

“Não se preocupe, eu também não tenho a maior simpatia por você” Bubble retrucou.

 

Deixando a ala de treinamento de lado e seguindo para a única torre do castelo que ficava na parte de trás e conectava com o salão principal, subindo as escadas da torre haviam salas para educação histórica, boas maneiras e ações politicas e no pico da construção ficava o quarto da Princesa Seraphine.

A princesa encontrava-se sentada esperando caso fosse notificada para realizar alguma ação no dia, já havia feito o cabelo duas vezes, treinado falas ideias para expressar neutralidade que aprendera na aula de política e agora apenas olhava a janela de fora.



“Passo tanto tempo tentado aprender a ser neutra que tenho até medo de duvidar dessa situação entediante...” Pensou consigo mesma enquanto observava o vento carregar algumas pétalas do jardim.

Seraphine ainda pensava sobre a visão que tivera, as 5 silhuetas, aquele Piplup e aquela Emolga faziam parte de algo junto com ela, mas o que exatamente isso significava?

Seus pensamentos foram interrompidos por um bater de porta caracteristico dos guardas e prontamente a Whisimcott respondeu:

“Estou ouvindo”.

“O Rei Horten esta solicitando sua presença no Salão Principal, irá designar sua primeira tarefa de representação avançada” O Quilladin informou.

“Muito obrigada por avisar, irei me aprontar e descerei em alguns instantes” Respondeu cordialmente.

Checou seu cabelo, mirou-se contra o espelho tentando encontrar uma postura mais confiante pois hoje iniciaria um novo momento na sua vida como princesa e precisava se manter neutra para que o povo a aceitasse, mas essa era uma tarefa cada vez mais dificil.

Ao chegar no salão principal a primeira coisa que reparou foi a Emolga deitada em um dos assentos espalhados pelo local, não parecia ter nenhuma felicidade em sua expressão o que deixou Seraphine preocupada.

Seguiu em direção ao pai em seu trono, a pokemon fez uma breve reverencia diante do rei aguardando a tarefa ditada por ele.



“Muito bem, princesa Seraphine, como futura rainha você deve começar a aumentar sua influência diante do reino, em virtude disso hoje você terá 3 eventos, a inauguração de um bistrô, comparecer no lançamento do livro autoterapeutico Mantendo suas sementes na sua cabeça do Seedot Jarvan e por fim tirar foto em praça pública com as pessoas” Horten listou um por um dos eventos.



“Pai não posso ir ao lançamento do livro  desse Jarvan ele possuí posicionamentos terríveis! Ele defendeu o aumento no preço do material de construção para as familias mais carentes e ainda fez pouco caso de um estudo sendo que...”

“Seraphine” O Rei tentou a interromper.

“Penso que vai ser terrível nosso reino incentivar pensamentos extremistas como o dele, eu aprendi na aula de politica que...”



“Seraphine! BASTA! Você não esta na aula de politica para expressar suas opiniões! Você esta cansada de saber as prioridades do reino e como nós governantes presamos acima de tudo pela neutralidade!” Horten bradou com sua voz preenchendo toda a sala.

Dazzling parou para prestar atenção na conversa espiando escondida da cadeira.



“É assim que mantemos nossa relação comercial e nosso status com os outros reinos! Então deixe de ser egoísta e vá comparecer a esses eventos sem dar uma palavra, estamos entendidos?” O Eldegoss gritou.

“Certo...mas eu quero levar a...dazzling comigo!” Seraphine disse convicta.

“O que?” O pai foi pego desprevenido.

“W-WHAT?” Dazzling berrou do banco também em choque.

“Vou estar sozinha com os guardas durante o dia inteiro, quero pelo menos alguém pra conversar, ela pode ficar o tempo todo dentro da carruagem!” A princesa verdejante pediu.

“Bom, sinto que não vai fazer nenhum mal, então podem ir vocês duas” O Rei permitiu.


As duas garotas agora se encontravam sozinhas dentro da carruagem seguindo a primeira parada, a carruagem possuia dois bancos grandes acolchoados, um compartimento para uma mini geladeira com doces e mais coisas, possuia ventiladores e janelas de vidro temperado transparente podendo ficar escuros caso desejassem.


“Olha...ao que dizem nesse panfleto eles estão fazendo o café da manhã utilizando uma mistura de seiva das árvores com acuçar natural para produzir uma espécie de mel, o prato principal é um conjunto de pancakes com essa mistura, da pra imaginar o sabor?!” A princesa tentava se animar lendo o folheto.

“Darling, esta mesmo tão empolgada for this, não vai nem poder expressar o quão isso esta te deixando animada...” A Emolga começou e se interrompeu ao ver a outra colocar o panfleto de lado.

“Forgive-me...I...eu não quis dizer isso, é que só não entendi o motivo de estar nessa carreata com você” Dazzling confessou fazendo a pokemon de grama sorrir enquato olhava pela janela.

“Sendo sincera nem eu sei, mas você esta certa. Sei que estou numa posição de privilégio e entendo de politica, mas quando minha avó era Rainha ela era neutra e tão...boa com a natureza que o povo a tomou como tudo aquilo que uma rainha deveria ser sendo mais neutra do que o próprio reino e enquanto o Rei tem voz para iniciar coisas uma rainha apenas aceita” A Whisimcott contou entrelaçando as mãos.

“And you can’t handle it right? É complicado estar numa posição em que deveria ter algum poder, mas ele simplesmente não lhe é atribuido por você ser o que é” A Emolga sorriu lembrando-se de seu irmão correndo pelo palácio.

“Do jeito que você esta falando tem mais experiências próprias do que apenas empatia” Compassiva a princesa tocou a mão de dazzling com a sua.

Foi o mais próximo que alguém havia chegado da esquila naquele tempo, foi então que percebeu o quanto havia se fechado desde Elek, pensar no nome dele já causava repuxos em seu peito.

A esquila fitou a princesa nos olhos, esta retribuiu sustentando o olhar sem nenhuma acusação, seu primeiro impulso seria pedir para que não a tocasse, pois estava agoniada, entretanto Dazzling sentia que já era a hora de viver algo além do luto e respirando fundo ela decidiu permitir que Seraphine permanecesse.

“Eu fui uma espécie de duquesa com...m-meu irmão no Reino Electric...e nós basicamente não éramos respeitados by those people embora morassemos no castelo não tinhamos direito de estar em parte alguma dele e era bem doloroso para mim ver meu irmão naquela situação” A Esquila contou com alguma dificuldade.

Olhou para seraphine esperando alguma reação de descrença ou desgosto, mas ela apenas assentiu.

“E como veio parar aqui agora?”.

“Well let’s say I ran away…me tornei uma perdida e claro não foi algo incrível que aconteceu...” Dazzling pensou em todos os dias em que viu seu irmão doente, que se preocupou com seu estado, que saia sozinha para tentar conseguir alguma comida.

“Mas não foi de todo ruim, sinto que de alguma forma eu cresci” E logo depois vieram na memória os risos que teve, a confiança que adquiriu nas próprias habilidades, Frosty e Bubble.

Um sorriso surgiu no rosto da esquila e o aperto em seu coração tornou-se um pouco mais fraco.

“Eu gostaria de ser mais como você...ter toda essa coragem, mas como vou fazer algo pelo meu reino senão consigo nem fazer algo por mim mesma? Que tipo de sentimento é esse?” A princesa se perguntava.

Após alguns instantes pensando, ela virou-se para os guardas:

“Antes de irmos ao bistrô eu gostaria de fazer uma rápida parada na praça de obstáculos e prestigiar os atletas que estão lá, eu adoro ver as reprises das competições pela televisão, poderia me acompanhar, Dazzling?” Perguntou a Whisimcott.

“Com toda a certeza!” A Elétrica respondeu sorrindo.

Notas Finais: Bem, agora conhecemos e sabemos algumas mudanças que estão acontecendo enquanto Frosty e os outros passam algum tempo no reino Grass, o que será que virá a seguir? 

Capitulo 22 e 23: Seraphine Out of The Woods

Notas Iniciais: Bom acho que vou falar mais nas notas finais, eu só espero que gostem desse capítulo xD. Capitulo 22 e 23: Seraphine Out of ...