sábado, 25 de julho de 2020

Chromaticah, Capitulo 3: A Nova Figura do Mercado

Notas Iniciais: É, eu consegui continuar sim essa história, também estou surpreso, mas aqui temos o capitulo 3, após o ocorrido com Dazzling no mercado, como será a rotina de Frosty?
Espero que tenham uma boa leitura <3


Chromaticah, Capitulo 3: A Nova Figura do Mercado! 

Pela floresta o vento soprava lançando folhas pelo ar, o cheiro característico da flora presente misturava-se naquela atmosfera. 

O sol surgia tímido lançando suas cores alaranjadas, hoje acompanhadas por tons rosados néon, as poucas nuvens no céu não eram capazes de filtrar a luminosidade fazendo as sombras das árvores soarem duras contra o chão.

O solo era preenchido pela vegetação rasteira que aos poucos procurava árvores próximas para se conectar. 

Avançando um pouco era possível notar uma gruta oculta por uma cortina de folhas, recebendo pouca luz e sendo perfeito para Frosty tomar o local como seu lar.

A fuinha dormia em uma cama feita de folhas, havia móveis talhados em pedra e madeira, por exemplo, uma mesa com quatro cadeiras, mesmo que nunca tenha recebido visitas na vida confeccionou-a inspirado pela decoração das casas do centro comercial.

Pequenas prateleiras penduradas na parede com itens decorativos, bonecas de brinquedo e até mesmo uma figure do Nezly, um famoso Mr Rime que se apresentava por todas as terras de Chromaticah, brincava com os bonecos com frequência por se sentir solitário.

A consciência aos poucos foi chegando e despertando o pokemon noturno para mais um dia na realidade, com um suspiro, virou-se para cima permanecendo deitado, pondo as mãos atrás da cabeça decidiu relaxar e pensar no que havia acontecido nos últimos dias.
 
“Realmente interagi com alguém...” Constatou ainda sem acreditar nos acontecimentos e no tempo que passou com Dazzling.

A esquila fora gentil e acabou o salvando, mesmo que quisesse aproveitar de sua habilidade para furtos, poderia ter entrado no distrito e o deixado sem ter todo o trabalho de voltar para salva-lo.
Frosty, provavelmente teria seguido o caminho solitário em seu lugar e refletia sobre o motivo das coisas funcionarem assim para ele.

Depois de tanto tempo sem ter conversas reais com alguém, aquela experiência havia lhe marcado de uma forma especial.

Sua vida toda havia feito as coisas por um instinto de sobrevivência, mas ao se acostumar com o deboche e as cantorias de Dazzling  começou a sentir que havia mais do que apenas o roubo. A ideia de considera-la uma amiga já passava a se tornar real.

Frosty conseguiu admitir: agora gostava da ideia de interagir.

“Bem, vamos fazer a primeira refeição do dia e ver o que esta faltando aqui hoje” Sneasel comentou consigo mesmo, o local vazio o incomodava e por isso costumava falar sozinho.

Após percorrer a gruta checando nos seus recipientes, nos sacos com suas ultimas aquisições, percebeu estar com estoque de mantimentos para a semana, então não precisaria roubar nada, o que implicava nele não precisar sair de casa.

Entretanto seus sentimentos pareciam querer outra coisa o que o deixou inquieto o bastante para tomar uma decisão: iria até o centro comercial, mas dessa vez não iria como um ladrão.



 “Já que quero fazer isso, então vamos dar uma volta no mercado” Disse em voz alta como se falasse para alguma audiência. 

O trabalho nunca parava naquelas dependências, os clientes seguiam para suas lojas preferidas enquanto novos e antigos lojistas batalhavam pelas moedas oferecidas por seus compradores.

Até onde Frosty sabia o distrito era dividido em 4 domínios, sendo eles o domínio das armas regido pela diretora Leavanny, o domínio alimentício assaltado por ele e Dazzling dirigido por Sunflora, o domínio tecnológico dirigido por Medicham e o domínio de decorações por Arbok.

Todos os diretores respondiam diretamente a Lord o Mienshao que mantinha as regras do local.

“Embora aquele Excadrill tenha sido chamado para supervisionar alguma coisa, não faço ideia do que poderia ser já que eles não teriam como erguer um distrito do nada” Sneasel ponderou lembrando-se do combate anterior.

Institivamente ele levou a mão a cintura segurando a sua Razor Fang para ver se ainda permanecia ali, tranquilizando-se em seguida.

A fuinha gélida caminhava despreocupada em direção à entrada do domínio de decorações sendo esta muito chamativa.

Arbok organizara a iluminação do local dando destaque nas cores azuladas escuras fazendo o purpura que contaminava o local gerar um ar sofisticado e mítico instigando ainda mais a vontade comprar naquele lugar.
 


“O Show do Nezly foi confirmado para vir nesse centro comercial! Eu não consigo nem acreditar que vou estar vivo para esse acontecimento! ele faz show paras as cortes e ele vai vir em um local dos perdidos!!!!” Comentava um Wurmple de óculos empolgado.



“Será que isso significa que as cortes estão mudando de opinião sobre nós?” Perguntou a outra lagarta de mesma espécie.



“Ele esta conseguindo quebrar as barreiras, mas não seja idiota o Nezly é o único diferente, desde o começo ele prega a igualdade entre perdidos e nobres, mas só agora conseguiu um show aqui, mal posso esperar para vê-lo” O Wurmple de óculos voltou a comentar.

A dupla de lagartas seriam as próximas para passar no sistema de segurança guardado por dois Primeapes vestindo uniformes de segurança pretos com gravatas, ativavam manualmente o programa e um holograma azulado surgia com os dois pokemons insetos passando por ele enquanto era detectado se possuíam alguma intenção deturpada, sendo liberados em seguida.

Frosty seria o próximo, mas assim que foi reconhecido pelos dois seguranças, teve sua passagem interrompida sendo enquadrado por ambos, um dos Primeape enviou um alerta para Lord.

“Estão cometendo uma injustiça, não vão mesmo me deixar passar?” Frosty perguntou sorridente
.
“Você é um dos piores ladrões, sua história é conhecida por todos os diretores, não sei o que esta tramando, mas não vamos deixa-lo entrar assim” Com um tom de voz sério, um dos Primeape prostrou-se diante dele estufando o peito para intimida-lo. 

Frosty sabia do que estava falando obvio, mas ele conhecia as regras do mercado e iria conseguir aproveitar o dia do jeito que havia planejado.
 


“Não podem abusar da autoridade de vocês assim, todos os perdidos são iguais dentro do centro e eu estou dentro da lei, então porque estão me tratando assim? Vocês que deveriam ser enquadrados!” Cada palavra saída da boca do obscuro soava como espetadas contra os Primeapes.

“O QUE VOCÊ DISSE SEU LADRÃOZINHO?” Berrou um dos Primeape, os punhos começando a energizar.

Frosty já se preparava para tomar distancia sua mão tateando a presa em sua cintura, quando Lord interviu ficando entre eles.

“Acalmem-se cavalheiros, acredito que não gostem, mas Frosty esta certo, a politica do centro é que como perdidos precisamos nos ajudar e todos são iguais. Ladrões só podem ser pegos e punidos durante uma perseguição após serem flagrados, caso consigam fugir a mercadoria lhes pertence e podem frequentar o centro novamente. É trabalho dos diretores lidar com o ato do roubo, portanto seu dever é apenas com quem ainda vai entrar” O Mienshao ditou estoico, afetando até o pequeno ladino com suas palavras.

Ambos os Primeape permaneceram em silêncio voltando a realizar sua função permitindo a entrada no domínio.

Frosty agora observava as lojas de decoração do alto de uma passarela tendo ampla percepção da movimentação acontecendo abaixo de si, nunca havia reparado no local onde estava, Lord o guiara até ali por alguns becos dos quais mal se recordava, ali também estava instalado um posto de observação.

O gélido desconfiava da hospitalidade do diretor, ficando alerta para caso ele tentasse o prender ou tivesse qualquer outra reação.

No entanto, Mienshao estava preocupado em coletar os dados a respeito das vendas gerais do local enquanto checava o estoque os hologramas dançavam pela sala ao seu redor, em resposta, Lord espalmava seus dedos sobre as telas holográficas baixando dados e lendo as informações, encantando o pequeno Sneasel.

“Não sabia que se interessava por estatística, achei que estivesse aproveitando à vista para traçar mais algum plano para quando vier roubar amanhã” Sorriu o diretor.

“Decidi apenas dar uma volta hoje, não costumo pensar no trabalho quando estou de folga” Rebateu com um sorriso enquanto se debruçava sobre a vista.

Com o olhar parado no ir e vir do centro comercial percebeu que com frequência o invadia por conta dos roubos para sua sobrevivência, mas só agora conseguiu tirar um momento e reparar na beleza das lojas e em como aquele ambiente funcionava, como a luz favorecia a construção da atmosfera.

Reparava no trabalho que Lord tinha para monitorar pensando se tratar do mesmo que Arbok lidava para fazer o local funcionar, e esse trabalho tinha seu progresso interrompido todos os dias por ele e por outros ladrões, não que eles tivessem culpa de não terem outra forma de sobrevivência.



“Porque esta me tratando bem depois de tudo que fiz para você? Você não deveria me odiar?” Frosty perguntou sentindo-se estranho, suas garras apertaram firme contra o parapeito da passarela chamando a atenção do diretor que lança seu olhar sobre ele.

O ladrão agora sentia que não deveria estar ali, não estava acostumado a lidar com ninguém e muito menos esperava que alguém lhe tratasse tão bem, em especial o pokemon cuja vida ele atrapalhava todos os dias, seria mais fácil aceitar e apenas ficar feliz com aquele tratamento, mas para aquele Sneasel as coisas não eram assim.

“Eu deveria não é?” Sorriu o Mienshao aproximando-se do gélido, este institivamente colocou as garras a frente do corpo em defesa.

“Vendo agora dói um pouco em mim a sua falta de prática em deixar os outros se aproximarem de você” No tom de voz do lutador havia compaixão, no entanto Frosty sentia-se ameaçado ao entrar em contato com esse sentimento.

“O que quer dizer com isso? Ninguém nunca se aproximou de mim...” Começou, mas logo foi interrompido pelo diretor.

Enquanto falava Mienshao olhava para baixo, sem focar exatamente nas lojas ou em algo, parecia enxergar além. 

“Frosty você é o mais recorrente dos ladrões, foi o que mais me deu trabalho e o que mais me desafiou, seu sorriso e o modo como você retrucava as provocações, nunca enxerguei maldade de verdade em todos os nossos confrontos...” Disse fazendo uma pausa, sua expressão parecia estar dentro de algum pensamento “Eu quase sempre torço por você conseguir roubar o que quer, para que consiga sobreviver”.

“Esta dizendo que...c-como assim?” A Confusão com toda aquela carga de sentimento por parte de Lord crescia em seu peito.

“Não precisa ter medo, eu me vejo em você também, fico feliz que tenha vindo hoje e que possamos ter uma conversa normal finalmente, eu esperei por isso” O diretor disse envolvendo a fuinha em um abraço, a extensão de pele dos braços do lutador envolvia o corpo de Frosty em um abraço quase paternal.

“Você queria realmente conversar comigo?” Perguntou o Sneasel emocionado, as lágrimas brotando de seus olhos enquanto Lord apenas assentiu.




Abaixo de ambos, estava a famosa loja de modas Matisse Enchantment, sendo Matisse, uma Aromatisse cativante, hoje uma promoção acontecia e pokemons de todos os tipos e cortes estavam presentes experimentando as peças das coleções.

Havia boatos de que pelo menos 3 peças de cada coleção eram costuradas a mão por membros da corte e receberam as bênçãos do Crystal do reino de onde vieram e eram, obviamente, as peças mais caras do mostruário.
 

“Um cliente sempre será bem tratado aqui na Matisse Enchantment, vamos não precisam ser tímidos, existe uma peça enchantment aqui para você não importa seu tipo, cor ou situação financeira, basta que você entre para procurar” A Aromatisse anunciava abrindo suas mãos de onde saiam faíscas mágicas iluminando o letreiro do local, que já era brilhante por si só.

Os clientes choviam pelas portas deixando todos os atendentes desesperados.

Dentre eles um pequeno pinguim passava até então despercebido, carregava consigo um cetro parecendo ser feito de conchas e em sua ponta repousava um cristal azulado, possuía hematomas pelo seu corpo, além de fome.

“Ainda não encontrei nada decente para comer nesse local, porém se tratando de roupas, eu acho que aquilo ali pode servir” O Piplup comentou consigo mesmo, seus olhos brilhando ao observar uma capa em um dos manequins indo naquela direção sem pensar duas vezes.

Entretanto no meio do caminho, Matisse colocou-se diante dele rígida como uma parede de concreto, exibindo um sorriso treinado para não demonstrar julgamentos, mas sempre preparada para um cliente ou um possível ladrão.

“Não pude deixar de reparar que esta interessado por uma peça rara e uma das mais caras de nosso mostruário, tem certeza que essa é o que quer, não quer entrar e procurar por outra?” Matisse perguntou mantendo o tom de voz cordial.



“É esta a que eu quero, eu sou Bubble do Reino Water, deve estar me reconhecendo, enfim estou com alguns problemas, mas gostaria de pegar essa capa por enquanto, você será bem recompensada assim que eu me estabilizar” Disse o que fez a dona do estabelecimento exibir uma expressão séria.

“Desculpe meu linguajar, mas esta tentando me fazer de otária? Reino Water? Sabe a quanto de distância o reino Water fica daqui? Além disso, eles vivem isolados, não deixam ninguém entrar, muito menos sair, são mesquinhos” Continuou avançando em direção ao pinguim, este recuava começando a temer pela situação.



“Quem não esta entendendo é você! Estou falando sério e como ousa falar que somos mesquinhos?” Bubble bradou indignado.





“JÁ CHEGA! Uma coisa é se esforçar e tentar roubar uma roupa, vindo de um perdido é até uma atitude que demonstra vontade de sobreviver, porém mentir assim sem o menor escrúpulo já é uma atitude nojenta, olhando pelo lado positivo ao menos poderemos chamar mais atenção!” Ultrajada, mas animada com a ideia, ergueu ambas as mãos reunindo faíscas rosadas em torno de si e com um floreio de seu braço esquerdo enviou uma explosão de energia atirando o pinguim contra o chão.

Os pokemons ao redor se dispersaram em um movimento quase sincronizado, parando para assistir o combate. Movendo seus braços, Matisse erguia barreira coloridas ao seu redor para protegê-la de ataques.

O delineador de sua maquiagem possuía um efeito especial para realçar ainda mais seu olhar em situações como esta.


“N-Não sei o que fazer...eu nunca precisei lutar assim! Nunca nem usei essa droga de cristal direito, inferno! Porque não tive mais treinamento... vou morrer depois de tudo que aconteceu com o reino!” Bubble desesperava-se, segurando com os dois bracinhos no objeto o apertando com força.

Sacudia para todos os lados, mas nada acontecia. Seus machucados doíam pelo movimento anterior da fada.

“Era para ser uma arma? Óh...que pena, o brinquedo do pinguinzinho esta quebrado? Então é assim que se luta “no reino water” é?” Debochou a dona, exibiu os braços e girou suas mãos em sentido horário.

Todos sentiram as correntes de ar soprando com mais intensidade enquanto o vento carregava consigo uma poeira brilhante, enquanto movia seu corpo, o vestido de Matisse esvoaçava e nesse ritmo enviou uma poderosa torrente de ar contra o pinguim.

O vento o atingiu com a poeira cortando a pele do aquático, ele fez de tudo para se segurar em pé, mas acabara arrastado para trás caindo no chão com o cajado permanecendo em suas mãos, porém sem resposta alguma.

Bubble sentia-se humilhado, agora estava perdido, a multidão o observando, o pinguim não possuía ninguém para repousar seu olhar e conseguir confiança. Não queria chorar na frente de todos, mas estava quase impossível se controlar.

“Últimas palavras?” Perguntou a fada sorrindo diabolicamente.

Do alto, Frosty e Lord assistiam aquele tumulto, o gélido ainda se acostumava com todos os sentimentos demonstrados.  Incomodavam mesmo que ele não soubesse a razão, entretanto ao olhar aquele Piplup procurar algo com o olhar pela multidão, reconheceu o medo e a solidão nos olhos dele.

“Já estive nessa incerteza de procurar algo pela multidão várias vezes, quando Dazzling me salvou eu fiquei inspirado a começar algum tipo de mudança em mim que ainda não entendo, mas graças a isso estranhamente sinto que quero ajuda-lo” Pensou consigo mesmo e iria virar para Lord, porém o lutador já o observava.

“Fique a vontade, já que esta aqui como um civil pode lutar sem problema, nenhum perdido tem o direito de interromper uma luta entre perdidos dentro do centro comercial” Mienshao sorriu para a fuinha.

“Certo! Obrigado por tudo e até a próxima vez que eu for roubar alguma coisa” Frosty disse pegando a Razor Fang em sua cintura.

“Não vou deixar você escapar da próxima” O Diretor respondeu.
 


Apertando a com força ele saltou do parapeito, no ar a presa brilhou emitindo um ponto de luz chamando a atenção de todos, sentindo o objeto como parte de si, os dados baixavam no seu corpo o modificando, tornando-o algo novo e agora ele se sentia mais capaz.

Dentro da transformação, Frosty acompanhou o olhar impressionado daquele Piplup enquanto se tornava num Weavile e investia diretamente contra Aromatisse.



As garras metálicas da transformação surgiram conforme sua vontade enquanto ele as empunhava com confiança almejando colidir com a fada, Matisse notou a aproximação interrompendo seu movimento. As barreiras invocadas por ela ergueram-se quando Frosty ameaçou colidir protegendo-a dos movimentos físicos.

“Então você tem reforços pinguimzinho? Que fofo! Porém não esperava que o famoso Frosty tivesse todo esse tempo pra perder com alguém que nem você” A dona do estabelecimento sumonava energia a expandindo em um pulso que afastou o pokemon transformado.

Bubble processava a situação, estava feliz por ser salvo mesmo possuindo duvidas sobre o que estava acontecendo, mas no momento mal conseguia mover-se.



Os pokemons ao redor acompanhavam espantados, alguns surpresos por ver Frosty sem estar sendo perseguido, as criaturas viram quando a fuinha impulsionou-se num salto e cristais de gelo se desprenderam de seu corpo tornando-se em lâminas.

“Vou segurar você aqui para que Lord finalmente lhe dê o corretivo que merece!” A fada ameaçou.

“Tente o quanto quiser sou apenas um cidadão comum hoje, ninguém pode fazer nada contra mim!” Respondeu.

Matisse segurou na barra de seu vestido com as mãos enquanto uma barreira de vento encantado a cercava, ao soltar o tecido, seu olhar travou em seu adversário e erguendo o braço na mesma direção do seu foco de visão a barreira ergueu-se pronta para destroçar o que estivesse na sua frente.



Dentro da transformação, Frosty podia sentir os dados correndo pelo seu corpo e sabendo das suas habilidades ele avançou, circundando o movimento, abrindo os braços suas unhas tornaram-se negras e a cor sangrou percorrendo os dois membros, o sorriso do pokemon agora estava estampado.

“Qual o seu objetivo? Esta defendendo mentirosos agora? Sinceramente para o famoso ladrão que é esperava mais de você!” Matisse desdenhou arfando pelo abuso de conjurar seu poder.
 
Frosty enviou as lâminas de gelo todas de uma vez, a fada confiou nas barreiras de seu feitiço que suportaram toda a ofensiva do adversário, porém Weavile já estava prevendo esse desenrolar e sem perder tempo disparou contra a barreira erguendo suas garras negras.

“Não te devo satisfações sobre o que faço ou não da minha vida, apenas estou no que acho que é certo” Weavile respondeu e desferiu um arranhão forçando as estacas de gelo.



O golpe em conjunto perfurou as barreiras e o som explodiu pelo distrito como se uma vidraça inteira tivesse sido estourada, a fuinha avançou com as laminas acertando Matisse e a derrubando em frente à fachada da própria loja.

As garras de Frosty a golpearam com a energia machucando a lojista e provocando talhos pelo corpo do vestido, ela rolou para perto da entrada do local, pondo-se de pé e  segurando seu braço esquerdo com o direito, os olhos semicerrados por conta da dor, do lado de dentro todos a observavam.

Seu orgulho ferido sabia da fama de Frosty e o quanto poderia ser difícil enfrenta-lo, mas não importava, ela acabaria com ele e com aquele pinguim mentiroso, ninguém iria profanar sua loja.

“Fazer o que você acha certo nem sempre te leva para um bom caminho” A voz soando como pequenas gotas de veneno contra a mente do gélido.

Os dados projetavam as emoções de Frosty em seu avatar de Weavile, seu coração acelerado, havia passado por muita coisa e se tentasse finalizar a batalha iria ser complicado.

Conforme seu pensamento os dados aumentavam lhe dando poder para lidar com a luta, mas isso também exigia sua própria energia, dessa vez ele não lutava sozinho e não poderia acabar esgotado, olhou para o pinguim ainda prostrado no chão observando.


“Preciso que fique alerta, vou tentar uma coisa” Dito isso ele voltou-se para Matisse, a aura ao redor dela brilhava e as faíscas acumulavam-se perto como se estivessem atraídas por algum magnetismo.

“Não me interessa quem esteja na minha frente, precisei lutar para estar aqui, demorou muito tempo para que eu fosse vista como algo mais que uma perdida, VOCÊS estão bem longe de me tirar isso” Descontando toda a raiva, ela se preparou.

Com os braços acima de si, uma aureola rosada surgiu ao redor enquanto as faíscas saltavam aglomerando-se nelas, diminuindo seu tamanho, o arco ficou ao redor da sua mão enquanto a fada apontava para ambos.

“Espero que funcione, por favor, preciso que me ajude também!” Frosty disse para além de si mesmo.

Se ao olhar para Matisse era possível sentir toda a fúria da fada, Bubble olhava para aquela figura estranha e sentia a temperatura ali cair, finos cristais de gelo pelo ar enquanto as patas dele congelavam.

A Dona da loja com um olhar imperial condensou sua energia e pelo arco soltou um clarão concentrado em um turbilhão contra a fuinha, o pokemon obscuro bateu com as duas mãos congeladas sobre o solo e em questão de instantes uma barreira de gelo ergueu-se, possuía um tom obscuro e passava resistência para quem observava.

Ao colidir com o clarão a estrutura congelada foi engolida por uma explosão seguido de um pulso de energia com uma névoa densa cobrindo o local.

“Nós não temos muito tempo! Anda me dê sua mão!” Chamou com a voz alterada de adrenalina, havia utilizado muito sua energia e agora o glitch fazia ele alternar entre a forma de Weavile e Sneasel.

Bubble ergueu o olhar e por algum motivo ver o que estava por trás daquela figura imponente que o salvara tornava as coisas especiais para ele, os olhos brilhantes daquele Sneasel pareciam reais, o que o confortava de certa forma.

Frosty também ficou impressionado ao encontrar os olhos daquele pinguim, seu olhar travado no dele por razões desconhecidas.

“P-Porque me salvou...e o que quer comigo?” Piplup perguntou ainda impressionado, porém receoso de estender sua pata.

Frosty sorriu travesso, o sorriso alternava entre a forma de Weavile e sua forma original, as presas iluminadas pelo brilho do glitch.

“Não quero nada demais e também, você não esta em condições de fazer perguntas” Dito isso fechou sua mão em torno da pata do pinguim e com um salto ambos fugiram daquele distrito por entre a névoa.

Notas Finais: Espero que tenham gostado e muito obrigado por lerem até aqui e depois de algum tempo, finalmente temos mais um personagem para o elenco dessa fanfic, o que terá realmente acontecido com Bubble? 

2 comentários:

  1. Heya!
    Amei o começo do capítulo, ficou perfeito a casinha do Frosty decorada da mesma forma que as casas do centro comercial, ficou tão fofinho <3 fiquei pensando se ele queria receber visitas e por isso as quatro cadeiras? Mais à frente você responde que ele se sente solitário, então imagino que talvez ele quisesse dividir a casa com alguém ou esperava o regresso de alguém?
    Mas ai você usa o Mr. Rime e minha vontade para fechar o capítulo se torna forte, mas lutei contra mim mesma para não fugir dessa criatura horrenda... -respira fundo- vamos continuar...
    Foco na relação entre o Frosty e a Dazzling, é muito fofa a forma como ele se recorda dela, mesmo que tivesse sido para assaltar ele parece mesmo ter sentido uma conexão e está feliz pela interação em si...
    Santo LSD do coração, Wurmple querido, você está bem? A imagem me fez lembrar de... esqueça, você é menor de idade e não pode saber dessas coisas tee-hee.
    Por quê um Mr. RimeP Whyyy? tell me why?
    Lord defendendo o Frosty... e o abraçando...ai João para de me fazer querer shippar eles ugh!!!!
    Bubble!!! Meu novo favorito, príncipe encantado, perfeição em todos os lugares aaaaaaaah <3
    Aromatisse eu te odeio e espero que a Arbok decoradora tenha um derrame "acidental" de veneno sobre você ^^
    AMEI a sequência da transformação e da batalha, quando quebra a proteção imaginei mesmo o som do vidro quebrando e caindo no chão aos pedaços enquanto a coisa ficava olhando tipo "Masaka" kk ;3
    O capítulo está lindo João, os momentos finais foram mágicos e já vejo o Bubble como o irmãozinho mais novo do Frosty, ficou tão perfeito, bem descrito, bem ambientado, está tudo fantástico, parabéns!
    Continuaaa

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  2. O SHIPP É REAL E VOCÊ APENAS QUER NOS ENGANAR, FROSTY E LORD, PODE SER LORSTY OU FRORD AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA RELAÇÃO PATERNAL NADA, ISSO AÍ É PURO DESEJO, SÓ IMAGINO ELES CANTANDO
    WE SPIRALED HIGH ON A GUST OF LOVE AND I KNEW RIGHT FROM THE STAAAAART NOTHING COULD TEAR US APART TILL THE DAY YOU BROKE MY HEART
    AAAAAA ok estou bem
    MENTIRA EU NAO ESTOU NADINHA BEM KKKKKKKKKKKKKKKKKKK AI AS WURMPLE AAAAAA
    ok agora estou bem, eu amei muito esse capitulo, minha teoria principal vc já sabe, as wurmple são bissexuais e nada muda minha mente. Adorei toda a ambientação que você criou, aqui entendemos mais de como esse mundo funciona, adorei os distritos (esse de decoração com arbok foi a cereja do bolo pra mim, sério, só imagino a Arbok decorando tudo e pensando nas cores, afinal temos a gay neon)
    também explicou mais da transformação do Frosty, achei isso um ponto muito bom e ficou bem natural também imerso na sua descrição, consegui imaginar tudo direitinho e a trilha sonora para a luta foi ótima, até mesmo para a parte anterior com matisse falando que não tem preconceitos e nem 4 minutos depois ela tendo KE
    mas enfim, achei super tendência e já quero a versão da cabeleleila leila de chromatica, imaginando quem seria, talvez duas irmãs doublade bem sapatas ke ai estou fora de mim
    - inserir gif da wurmple -
    se Frosty se sente capaz ao se transformar em Weavile, quer dizer que ele não se sente sendo ele mesmo? Achei interessante e me questionei sobre aqui, parece algo que você vai voltar a tocar, ou não, mas já deixo a teoria do capitulo tb, pelo que entendi do Frosty, ele tem muito ainda a tratar, e o início até a conversa """"paternal"""" com o crush, digo, Lord, me fez gostar mais ainda dele, senti dó da solidão e queria abraçar ele, aliás, a cena toda do abraço é bem comovente e amei o "da próxima vez eu conseguirei te pegar" ou algo assim xD a relação deles é cute, dazzling fez um bom papel, mas aposto que ela tá cantando pro espelho e nem pensando nisso
    os primepae homofobicos merecem surra, as duas wurmple são icones representativas e amei a que teve um ataque de epilepsia, quase tive um também, e estou evitando pensar no Mr.Rime, bicho horrendo mas gostei do nome, pena que só esse aí conseguiu um evento de inclusão e igualdade, espero que mais consigam tb, talvez um perdido fazendo algo num reino ke
    enfim, gostei de toda a questão social também, a política e as regras, como tudo funciona, ficou bem escrito e planejado, parabéns por isso
    a luta ficou mesmo ótima, Bubble foi interessante e gostei do personagem até agora, tô curioso pra saber mais coisas dele, acho que vai ser um dos protags mesmo, sobre o que houve com ele, acredito que foram danos por ele ter tentado fugir do reino water, e esse crystal... talvez seja o que abençoa os pokes ou algo assim que vc já disse em outro cap? não sei, mas quero mesmo o cap 4, vê se posta logo ok
    acho que está sendo sua fic que mais gosto kkkkk continue jojo, sorry a demora, não foram dias fáceis xD
    love u

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